terça-feira, 8 de julho de 2008

A guerra do Rio



Ainda sobre a tragédia, que ceifou mais uma jovem vida inocente, me vêm à memória, dois eventos semelhantes que igualmente vitimaram inocentes: um aconteceu na Zona Sul, em 2004, quando uma idosa foi morta por policiais dentro de seu automóvel, junto com o bandido lhe assaltara; o outro, foi na saída do Complexo do Alemão, também há alguns anos, quando uma patrulha fuzilou um Passat velho, dirigido por um mecânico, que socorria a mulher em trabalho de parto. Só o mecânico sobreviveu. O que estes três casos têm em comum, além da falta de preparo dos policiais? Todos veículos tinham película escura nos vidros. Naquelas ocasiões, li alguma coisa sobre a ineficácia dos vidros escuros para a segurança dos motoristas, principalmente no ambiente de guerra urbana em que nos encontramos há décadas. Na crítica, o autor argumentava que o despreparo de policiais associado ao estresse e ao medo do conflito diário levam ao “atire primeiro, pergunte depois”. No mesmo artigo, o autor argumentava ainda que a simples existência de película escura não impedia assaltos e não intimidava bandidos. O fato é que, enquanto estivermos tratando a questão da segurança pública apenas como caso de polícia, continuaremos a chorar vítimas inocentes. Em algum momento a sociedade terá que impor um basta, obrigando autoridades a implantar políticas sérias de resgate à Paz e à segurança, que todos almejamos e merecemos. E estas incluem, em primeiro lugar, educação e justiça.

Um comentário:

Anônimo disse...

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