quarta-feira, 26 de março de 2014

Exame de sangue é capaz de prever Alzheimer com 90% de precisão

Um novo tipo de exame de sangue pode prever se uma pessoa saudável irá desenvolver a Doença de Alzheimer nos próximos três anos com até 90% de precisão. O teste está sendo desenvolvido por pesquisadores norte-americanos na Nature Medicine.
Nos Estados Unidos, doenças decorrentes do Mal de Alzheimer matam cerca de um terço da população acima de 75 anos. Normalmente os idosos morrem por conta de doenças cardiovasculares ou pneumonia, mas certidões de óbito nunca mencionam que o paciente sofria de Alzheimer e que isso poderia ter acarretado outras patologias.
De acordo com outro estudo, publicado na Neurology, 2566 pessoas foram com idade média e 78 anos foram submetidas a testes anuais para determinar se sofriam algum grau de demência. Dessas, 559 que não sofriam de Alzheimer no início do estudo foram diagnosticadas posteriormente. O período entre o diagnóstico e as mortes, em média, foi de quatro anos.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), aproximadamente 35 milhões de pessoas sofrem com a doença. Esse número deve subir para 115 milhões até 2050, sem nenhuma perspectiva de cura. “Biomarcadores da doença pré-clínica serão críticos para o desenvolvimento da modificação da doença ou até mesmo terapias preventivas”, informa a publicação.
Enquanto não há possibilidade de cura e tratamentos preventivos, o teste ajudaria as famílias de pacientes a estarem melhor preparadas caso o diagnóstico se confirme — ou até mesmo buscar tratamentos para combater o avanço da doença.
“Nosso exame de sangue oferece o potencial de identificar pessoas em risco de declínio cognitivo progressivo e pode mudar a forma como os pacientes, suas famílias e os tratamentos médicos se planejam e gerenciam a enfermidade”, dizem os estudiosos.

Busca pela cura
Um dos motivos pelos quais ainda não há drogas para combater o Alzheimer está relacionado ao diagnóstico tardio da doença. Se houver um diagnóstico precoce, existem mais chances de reverter ou impedir a doença antes mesmo de ela acometer o paciente. O exame proposto pelos estudiosos busca 10 assinaturas específicas de lipídios nas amostras de sangue que aparentemente metabolizaram resíduos de membranas celulares do cérebro.



quarta-feira, 19 de março de 2014

Uma doença escondida nos sinais do envelhecimento

É uma doença que é frequentemente confundida com os sinais do envelhecimento, uma vez que são as pessoas idosas as mais afetadas. A estenose do canal lombar cria uma dificuldade progressiva no andar, dores e falta de força nos membros inferiores. A marcha fica cada vez mais lenta. Muitos dos doentes conformam-se com aquilo que pensam ser a velhice. 
 A coluna é uma estrutura móvel sujeita a um processo degenerativo, mais rápido ou lento dependendo dos indivíduos. O desgaste progressivo das vértebras e dos discos da coluna origina a estenose lombar – o estreitamento do canal central da coluna vertebral e dos canais por onde saem as raízes nervosas.
“A doença aparece na sequência das idades mais avançadas. A grande maioria das pessoas afetadas por este problema não são diagnosticadas. Muitas vezes as queixas iniciais não são consideradas, e com o tempo a pessoa apercebe-se de que tem de sentar-se para descansar e só depois andar mais um bocadinho”, explicou ao CM Eduardo Pegado, ortopedista da CUF de Torres Vedras.
A cirurgia é um dos tratamentos aconselhados quando os sintomas se tornam mais graves. Contudo, é um procedimento caro, devido ao material que é necessário. A operação torna-se necessária para a descompressão das estruturas nervosas e geralmente traduz-se numa melhoria da qualidade de vida do doente. É um procedimento demorado: a operação tem uma duração de duas a três horas.
“A cirurgia não tem de se fazer logo quando é feito o diagnóstico, mas numa situação já avançada não trará muitos benefícios. A cirurgia consiste em atuar sobre o aperto das estruturas que estão dentro do canal medular”, refere Eduardo Pegado.
Segundo o mesmo responsável, após duas ou três semanas o paciente começa a retomar a sua vida normal, tendo já reflexos para conduzir, por exemplo. Mas só ao fim de um ano é que há resultados com vista à recuperação.