quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Receita de Ano Novo

Neste último dia de 2008, recorro ao poeta maior Carlos Drumond de Andrade para deixar uma mensagem de esperança para 2009, no sentido de que todos nossos desejos de justiça, paz e saúde se tornem realidade.
Para você ganhar belíssimo Ano Novo...
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na Gaveta.
Não precisa chorar de arrependimento pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que, por decreto da esperança, a partir de Janeiro, as coisas mudem e seja de claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, Eu sei que não é fácil mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Um maravilhoso Ano Novo para você !

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Isenção de IR para quem tem 70 anos

Deu no excelente caderno Maturidade Moderna, de O Dia, que projeto de lei, em tramitação no Congresso, prevê isentar do pagamento de Imposto de Renda aos maiores de 70 anos. Pela proposta do senador Neuto de Couto (PMDB/SC), o contribuinte de 70 anos de idade poderia ficar isento do tributo federal para os rendimentos equivalentes a 10 salários mínimos. Pelos valores atuais, estariam isentos contribuintes que recebessem até R$ 4.150.
A matéria está em análise na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa, onde receberá emendas até 3 de fevereiro. Depois disso, o texto segue para a Comissão de Assuntos Econômicos, onde deverá receber parecer final.Vamos torcer para que seja aprovada, pois trata-se de mais um avanço importante na valorização da Terceira Idade.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Vagas exclusivas em estacionamentos para idosos

A futura secretária municipal do Envelhecimento Saudável, Cristiane Brasil, vai sugerir ao prefeito eleito, Eduardo Paes, uma proposta de Decreto Municipal destinando 5% das vagas em estacionamentos públicos para uso exclusivo de idosos. A medida, segundo ela, visa cumprir a Resolução 303 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que além da reserva de vagas, padroniza a sinalização e regulamenta o processo de credenciamento aos beneficiados. Atualmente, a Prefeitura do Rio já reserva 2% das cerca de 45 mil vagas a portadores de deficiência física. Mas não destina vagas no sistema rotativo aos idosos.
- Embora a Resolução do Contran estabeleça um prazo de um ano para os órgãos municipais se adequarem à norma, é fundamental que a Prefeitura do Rio tome a dianteira deste processo, já que concentra a maior população de idosos do País – ressaltou Cristiane Brasil, reafirmando a determinação do prefeito Eduardo Paes em melhorar as condições de vida de todos os cidadãos, sobretudo dos idosos, que há anos vêm sofrendo discriminações de toda a ordem. “Estou esperançosa de que a medida seja aprovada e implementada logo no início do governo”, disse Cristiane Brasil.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Menos violência, mais inteligência


Merece aplausos a ação do Governo do Estado no Morro Dona Marta. A ocupação social daquela comunidade da zona sul da cidade do Rio de Janeiro mostra-se mais eficaz e duradoura do que a política de confrontos improdutivos com traficantes de drogas, que apenas deixava como legado corpos estendidos no chão. O jornal "O Globo" desta segunda-feira, mostra que até mesmo turistas estão fazendo questão de conhecer o Dona Marta. E o novo prefeito do Rio, Eduardo Paes, têm projetos para disseminar ainda mais a cultura da cidadania naquele pedaço da cidade até então esquecido pelo Estado. O próximo passo é ocupar socialmente a Cidade de Deus na zona oeste da cidade. Vida longa a essa nova política de ocupação.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Reverenciar idosos é obrigação



Nesta quinta-feira (18/12), dois exemplos de sublime reverência a personalidades idosas foram destaques durante a diplomação dos eleitos na Câmara Municipal do Rio. O mais antigo vereador em atuação, Sami Jorge, com mais de cinqüenta anos dedicados à vida pública, foi ovacionado por quase dez minutos de aplausos. E, além dele, a suplente Sandra Rabello, uma jovem senhora de cabelos cor-de-prata, também foi muito festejada. Para muitos a cena poderia ser comum, para nós é uma demonstração do vigor, da tenacidade e da perseverança dessa gente, que, apesar do passar dos anos, ainda faz da Melhor Idade instrumento de busca e realizações.

É gente que merece todo nosso respeito e admiração, que, mesmo de cabelos brancos, ainda têm muito a dar à sociedade, pois a maturidade é uma virtude, cujo valor ainda é negligenciado, principalmente por aqueles que insistem em ignorar a realidade atual, onde o envelhecimento populacional é confirmado em todas as estatísticas. Para mim, estamos no limiar de uma era em que, cada vez mais, a experiência dos mais velhos compartilhará com a pujança da juventude a responsabilidade de definir novos rumos em direção ao progresso e à justiça social.

Para tanto, é inadiável o compromisso das autoridades em assumir posições tendo em vista a implementação de políticas públicas obedecendo às expectativas e demandas dentro desta nova realidade, ou seja, em que a longevidade toma forma concreta na sociedade. É imprescindível, portanto, que todas as instituições públicas ou privadas repensem suas estratégias, visando adequar-se, pois, se assim não procederem, estarão fadadas ao fracasso.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Direitos (des) humanos



Depois de 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o momento está mais para reflexão e lamento do que para qualquer tipo de comemoração, pois, apesar dos compromissos pela vida, liberdade e justiça, assumidos em 1948 pelas Nações Unidas, o que vemos hoje é o aprofundamento da exclusão, da desigualdade e da injustiça para grande parte da humanidade.

Segundo relatório da Anistia Internacional, em 81 países o cotidiano ainda é de maus tratos e torturas, em outros 54 países pessoas são submetidas a julgamentos injustos e em outras 77 nações há restrição de liberdade de expressão e pensamento. Para instituição, o fracasso das políticas de respeito aos Direitos Humanos é atribuída à falta de compromisso dos líderes mundiais, que preferiram fechar os olhos à barbárie, numa cumplicidade tolerante por conta muitas vezes de arranjos políticos.

Foi assim com a China, que continua a ignorar as promessas assumidas quando da realização dos jogos olímpicos, como, por exemplo, acabar com a “reeducação” dos dissidentes e a comunidade internacional também é tolerante com a Rússia, onde são claro os abusos contra habitantes da Chechênia. Os Estados Unidos e a União Européia também são citados pela Anistia Internacional, pois os americanos continuam a ignorar os apelos pelo fechamento da prisão de Guntanamo, e os europeus são citados por “entregar” refugiados políticos. Ou seja, de onde se poderia esperar o exemplo, é justamente de onde só ouvimos promessas e cobranças.

A verdade é que violações aos direitos básicos da pessoa não deveriam ser comuns, em pleno século XXI, praticamente em todas as partes. Isto só serve para constatarmos a ausência de compromisso com a civilidade e o quanto estamos longe das expectativas anunciadas em Paris, em 1948, principalmente quanto ao primeiro compromisso: "Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e direitos."

Aqui no Brasil, a violência vitima milhares todos os anos, a escravidão é evidente e as autoridades continuam sem projetos para os nossos jovens, que continuam sem direito à educação e à saúde, requisitos básicos aos Direitos Humanos. A esperança de todos nós é que a civilidade sobreponha à barbárie, porém, antes disso, é preciso que o homem abstenha-se da ganância pelo poder, muitas vezes passando por cima de todos os valores que deveriam nos fazer diferentes dos animais. Este, para mim, é o maior desafio da humanidade.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Parabéns à Unati

Pela iniciativa de lançar uma cartilha que alerta aos mais idosos sobre a necessidade de se prevenir contra possíveis situações de risco, como uma inocente ida ao banco, a Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati) merece mais uma vez parabéns. Sempre à frente de seu tempo e inovando ano após ano, a Unati é uma daquelas entidades que dão orgulho ao Rio de Janeiro. Fica o registro.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Marolinha do Lula


Apesar de o governo ter anunciado que os efeitos da crise financeira mundial seriam mínimos, a verdade é que os feitos maléficos na economia real do país começam a aparecer. A indústria começa a demitir, bem como o setor bancário. No último mês, pelo menos 200 funcionários de uma instituição bancária de médio porte perderam seus empregos, e as montadoras de automóveis anunciaram férias coletivas. Enquanto isso, os gastos públicos continuam aumentando, na contra-mão da prudência necessária e responsável nestas horas de crise. O ano de 2009 promete muitas emoções políticas e econômicas.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Carta ao Globo

Em relação ao artigo ‘Escolhas municipais’, de Luiz Garcia, na edição de O Globo 02/12, no qual faz considerações pessoais sobre o secretariado do prefeito eleito, inclusive com referência implícita ao meu nome para a secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, ressalto que um dos critérios anunciados pelo prefeito eleito Eduardo Paes para definir seus auxiliares mais diretos foi o da competência. Tenho certeza que a escolha deveu-se também a minha experiência à frente da Secretaria da Terceira Idade do município em 2003 e 2004.
Quanto àqueles que insistem em diminuir a causa do idoso, é só atentar para o que diz o próprio noticiário sobre o envelhecimento da população brasileira nestes últimos dias, inclusive, com dados do IBGE, para perceber a responsabilidade que o Poder Público deve ter para com esta realidade. Aliás, o noticiário também trouxe cenas fortes de maus-tratos a uma idosa pelos próprios familiares, num contra-ponto com referências jocosas à causa da Terceira Idade por comentaristas de plantão.
Sabemos que todo o esforço para mudar o comportamento das pessoas em relação aos idosos depende da conscientização da sociedade, que deveria parar de acreditar na propaganda da juventude eterna e cair mais na realidade da prevenção pela qualidade de vida, que é o que realmente nos garante uma vida longa, com saúde e mais independência.
Por fim, ressalto que aceito qualquer tipo de crítica, só não posso concordar com pré-julgamentos, principalmente, de quem deveria ser parceiro na luta contra discriminação pela idade
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