terça-feira, 28 de setembro de 2010

Mais idosos e menos crianças

Dados preliminares do Censo do IBGE mostram maior participação de pessoas com idade acima de 65 anos e queda no número de habitantes de até 14 anos, resultado da ampliação da longevidade e da baixa da quantidade de nascimentos


POR MICHEL ALECRIM

Rio - Com 80% da população do País recenseada, pode-se já notar um perfil mais idoso dos brasileiros. Por outro lado, o Censo do IBGE mostra redução no número de nascimentos, estreitando a base da pirâmide etária nacional. O levantamento entra na reta final contando com a colaboração da população até 31 de outubro para que o retrato feito do Brasil seja o mais fiel possível.
Segundo o IBGE, caiu de 9,64% para 7,17% a participação das crianças de até 4 anos na população brasileira. Isso é resultado do menor número de filhos por mulher. Já a maior longevidade provoca outro fenômeno: o do aumento da população idosa. Enquanto em 2000 as pessoas com mais de 65 anos eram 5,85% dos brasileiros, até o momento esse percentual está em 7,66%.
Para o presidente do instituto, Eduardo Pereira Nunes, ambas as tendências acabam resultando numa diminuição no número de moradores por domicílio. Há dez anos cada teto abrigava 3,79 pessoas e atualmente esse número é de 3,34.
“Há informações claras de mudança do padrão demográfico da população brasileira. Estamos percebendo uma acentuada redução da taxa de fecundidade. É algo bastante expressivo e característico do Brasil. Está ocorrendo de forma generalizada tanto na área urbana quanto na rural”, afirma Nunes.
O Estado do Rio é um dos que têm a população mais idosa e consequentemente com famílias mais reduzidas. Em média por domicílio há 3,06 moradores, perdendo apenas para o Rio Grande do Sul (2,99). Já foram recenseados 80% da população fluminense, totalizando até ontem 12.753.304 habitantes. No País, já foram contados 153.622.840 pessoas.
Apesar do envelhecimento da população, o Brasil continua sendo um País jovem, já que 50,77% têm menos de 30 anos, e em crescimento.
Fonte: Jornal O Dia

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Doenças crônicas atingem quase metade dos idosos no país, aponta IBGE

RIO - Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira indica que quase a metade dos idosos (48,9%) do país sofre de mais de uma doença crônica, como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer. A Síntese de Indicadores Sociais 2009, que apresentou dados de levantamento feito em 2008, mostra que, à medida que a pessoa envelhece, maiores são as chances de contrair uma doença crônica. No subgrupo com 75 anos ou mais, a taxa é de 54%.

Entre as doenças, a hipertensão é a que mais aparece (50%) em idosos (acima de 60 anos). Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2%, respectivamente, das pessoas nessa faixa etária.

"Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, entretanto, ter a doença não significa necessariamente exclusão social. Se o idoso continua ativo da sociedade, mantendo sua autoestima, é considerado saudável pelos estudiosos", destaca o estudo.

Dessa forma, a pesquisa justifica o fato de 45,5% dos idosos terem avaliado o estado de saúde como bom ou muito bom. Segundo o levantamento, 12,6% avaliam que a saúde está ruim ou muito ruim, sendo que a maioria é formada por pretos e pardos com mais de 75 anos e renda de meio salário mínimo.

Em relação à saúde, também chama a atenção o fato de 32,5% dos idosos não terem o domicílio cadastrado em programas de saúde do governo ou não terem cobertura de planos particulares. No Rio de Janeiro, 49,1% das pessoas nessa faixa de idade estavam sem cobertura.

A pesquisa também traçou o perfil do idoso no país. Mulheres (55,8%), brancos (55,4%) e com menos de um ano de escolaridade (30,7%) são maioria. Com relação à renda, pouco menos de 12% viviam com cerca de metade de um salário mínimo e 66% estavam aposentados.

Fonte: Agência Brasil

domingo, 12 de setembro de 2010

Negócios voltados para a terceira idade ganham força no mercado

RIO - No embalo do aumento da expectativa de vida do brasileiro, negócios voltados para pessoas com mais de 60 anos ganham força no mercado. Academias, spas, cursos de formação para cuidadores e atendimento médico domiciliar são algumas das possibilidades de serviços que tem como foco a melhoria da saúde e da qualidade de vida da terceira idade, como mostra reportagem de Paula Dias publicada neste domingo.

De olho nos passos desse novo público consumidor, o Harmonya Spa, que existe há seis anos no Centro Empresarial BarraShopping, abriu em novembro do ano passado o Harmonya Senior. Além de atividades de lazer, o espaço em Vargem Pequena conta com serviços de reabilitação cognitiva, fisioterapia, reeducação alimentar e terapia psicogeriátrica, conduzidos por uma equipe interdisciplinar que desenvolve programas personalizados.

- As atividades beneficiam quem é independente e estimulam os que já têm algum grau de comprometimento físico ou mental a recuperar a sua capacidade de realizar tarefas diárias - diz Daniel Chaves, diretor médico do spa.

Para acompanhar o nível cada vez maior de exigência desse público, a empresária Ana Camila Bottecchia criou, também no ano passado, a Kanguruh Terceira Idade (K3i), que investe em qualificação para cuidadores de idosos. A proposta tem dado tão certo que a empresa já cresceu, em três meses, o que era esperado em um ano.

- É preciso ser uma pessoa pró-ativa, consciente e flexível para lidar com todo tipo de situação. Por isso é tão difícil encontrar profissionais qualificados nessa área e que ainda desenvolvam um vínculo afetivo com o idoso - diz Ana Camila, acrescentando que a empresa ainda promove o encaminhamento de cuidadores através de um banco de currículos.

Especializada em atendimento médico domiciliar, a Pronep quer preencher essa lacuna investindo em capacitação. Além de cursos a distância, a empresa também está montando um programa de treinamento para técnicos e auxiliares de enfermagem através de simuladores robóticos, em parceria com a Berkeley, empresa de inteligência em saúde.

- Uma das competências mais importantes para quem trabalha na área é a comunicação com foco no idoso. É preciso ter uma linguagem específica e capacidade de ouvir, além de entender a fisiologia do envelhecimento e propor ações de prevenção de doenças - diz o doutor Josier Vilar, diretor da Pronep, que vem crescendo mais de 20% ao ano desde 2005.
FONTE: O Globo

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

O celular projetado para a terceira idade

Esse é o S302, celular desenvolvido pela fabricante chinesa ZTE para atender às demandas da terceira idade no Brasil e na Europa

Empresas adaptam produtos para terceira idade

CVC, Tecnisa e Maturi querem conquistar os brasileiros que vivem mais e com qualidade de vida
Os brasileiros estão vivendo mais e impondo novos desafios às empresas que precisam se adaptar a essa realidade. Em 2008, a média de vida no Brasil era de 72,8 anos. Em 2020 deve chegar a 76,1, e, em 2050, a 81,3, segundo dados do IBGE. Apartamentos alterados, celulares e cosméticos voltados para o público sênior mostram que este segmento começa a entrar na estratégia das companhias.

Os consumidores mais velhos também estão com mais dinheiro. A faixa etária representa 43% da classe de renda mais alta (acima de dez salários mínimos) e indica que a tendência é que o país envelheça melhor. Em 2005, apenas 17% dos brasileiros tinham mais de 50 anos e a expectativa é que o número chegue a 29% até 2025.“O Brasil está prestes a passar pelo que chamamos de bônus demográfico, quando a massa de população economicamente ativa é maior do que a de crianças e idosos. Até 2035, cada vez mais crescerá o número de idosos, enquanto a taxa de fecundidade continuará caindo. É importante que as empresas estejam atentas para atender esse consumidor”, aponta Paulo Carramenha (foto), Diretor Presidente da GFK CR Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Imóveis com características especiais
A Tecnisa percebeu a oportunidade de investir em produtos focados nesse consumidor. Desde 2008, a construtora vem estudando as necessidades dessas pessoas e apresenta agora o seu primeiro empreendimento com características que atendem à chamada “melhor idade”.
“Há dois anos lançamos um empreendimento e vimos que 15% dos compradores estavam na faixa etária acima de 55 anos. Como não tínhamos grandes preocupações voltadas para este público, contratamos uma empresa de gerontologia com profissionais que fizeram um relatório com erros e acertos”, explica Patrícia Valadares, Gerente de Projetos da Tecnisa, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Apesar de não ser específico para a terceira idade, o Bossa Nova, localizado em Santos, litoral paulista, é resultado de um trabalho de pesquisa que identificou pequenos detalhes que poderiam fazer a diferença na vida destes moradores. As áreas comuns lembram a de qualquer outro empreendimento, mas sofreram mudanças que garantem mais qualidade de vida, segurança e conforto.
Projeto baseado na inclusão
O trabalho envolveu desde o mobiliário até a escada da piscina, passando pelo piso e pela decoração do salão de festa, que não contam apenas com a imagem de crianças e jovens, mas trazem também a de idosos. Todo o processo foi baseado na inclusão.
“Percebemos a nova formatação social e que a terceira idade é um nicho de mercado. Essas pessoas estão consumindo com qualidade. Compram imóveis porque casaram de novo, ou porque os filhos saíram de casa e querem um apartamento menor”, ressalta Patrícia.

O interior dos apartamentos também não foi alterado, mas, para aqueles que quiserem adaptá-lo, a Tecnisa oferece a consultoria de profissionais e o trabalho de reforma a preço de custo. Lançado há menos de um mês, o Bossa Nova já está 40% vendido, totalizando 79 unidades. Em 2011, a construtora espera lançar o Araribá, segundo projeto com características para a terceira idade.

Pensando na inclusão dos idosos, a ZTE, fabricante chinesa de equipamentos de telecomunicações, também vislumbrou uma oportunidade. A empresa lança no Rio de Janeiro o seu primeiro celular desenvolvido para a terceira idade, o S302. Disponível nas lojas da rede VIP, com preço sugerido de R$ 169,00, o aparelho tem teclas grandes e bem iluminadas, além de funções simplificadas com fácil acesso ao rádio FM, bateria com duração de até dez dias e lanterna LED.
Beleza na terceira idade
Outro diferencial do S302 é a tecla SOS. O botão foi acoplado na parte de trás do telefone para ser utilizado em caso de emergência. Quando o usuário aperta a tecla durante três segundos, o aparelho liga automaticamente para até quatro números pré-cadastrados, um por um, até que um deles atenda. Quando um dos números atende, o viva-voz começa a funcionar automaticamente e a função também envia uma mensagem de texto para todos os quatro números pré-definidos.

“O modelo não é específico para o Brasil, mas desenvolvido para o mercado mundial, com foco em regiões onde a população está envelhecendo, como a Europa. Aqui também observamos uma oportunidade para este mercado e, em breve, o produto estará disponível em São Paulo”, explica Bernardo Weisz, Diretor de Terminais da ZTE no Brasil, em entrevista ao portal.

A Maturi não só enxergou o potencial da terceira idade, como foi além. A marca de cosméticos nasceu para atender as necessidades e os desejos destes consumidores. “Nossos produtos focam pessoas com pele madura, o que começa a ser observado aos 40 anos. Não propomos rejuvenescimento, mas oferecemos soluções para quem busca qualidade e saúde para a pele e os cabelos”, aponta Flávio Rijo, Diretor Geral da Maturi, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Maturi quer expandir marca
A linha com sete itens, entre shampoo, condicionador e hidratante, foi lançada em outubro do ano passado e está presente em 150 pontos-de-venda de São Paulo e do Rio de Janeiro, além da loja virtual que entrega em todo o Brasil. Agora, a Maturi chega ao Rio Grande do Sul e já pensa em expansão de marca, com o lançamento de produtos de vestuário e alimentação funcional para o ano que vem.

Até o fim de 2011 serão lançados outros 10 produtos da linha de cosméticos, cinco no primeiro semestre e outros cinco no segundo. A estratégia de Marketing da Maturi contempla principalmente a informação e o esclarecimento sobre os benefícios da marca. Para isso, a empresa conta com promotoras treinadas no ponto-de-venda e se preocupa em não isolar os produtos, que ficam sempre juntos dos demais nas gôndolas.
“Não queremos segregar e rotular a marca. Buscamos credibilidade e confiança. Não nos preocupamos apenas com o conteúdo, mas também com a usabilidade dos produtos. A embalagem tem uma pegada mais fácil, mesmo molhada não escorrega, e traz somente as informações essenciais, com fontes maiores para facilitar a leitura”, ressalta Rijo.
Renda deve chegar a R$ 25 bi até 2020
A expansão deste mercado é favorável ainda para empresas que não atendem apenas os consumidores seniores. Hoje, a CVC conta com 750 mil clientes com mais de 50 anos. A expectativa é que em 2011 esse número chegue a 1,4 milhão. Somente em 2009, a operadora embarcou mais de 91 mil passageiros acima dos 60 anos, em viagens nacionais e internacionais, respondendo por aproximadamente 20% das vendas totais.
Uma das opções preferidas da terceira idade são os cruzeiros marítimos, que correspondem a 60% dos pacotes comercializados para estes consumidores. De acordo com a operadora, o estilo de comportamento faz com que os clientes mais velhos sejam bons planejadores de viagens, fechando a compra do pacote com bastante antecedência e viajando com mais frequência, pelo menos uma vez ao ano.

A expansão do orçamento dos idosos, aliada à qualidade de vida cada vez mais presente, mostra a importância desse público no mercado de consumo. “Em 2006, o rendimento desse grupo era de R$ 16 bilhões ao ano e deve chegar a R$ 25 bilhões até 2020, um crescimento de 56%. Quanto mais dinheiro, mais os brasileiros chegarão à terceira idade com poder de compra. Na Fiat, por exemplo, 12% dos compradores têm mais de 50 anos e a previsão é que, em 2030, sejam 20%”, diz Carramenha.

Fonte: Mundo do Marketing

OMS alerta, mais uma vez, para o perigo das quedas na terceira idade

A Organização Mundial de Saúde (OMS) publicou, na semana passada, novo estudo que só confirma o que especialistas já vêm discuntindo há tempos, um assunto do qual eu tanto falo aqui no blog e no meu site: as quedas na vida idosos são, de fato, um divisor de águas. Confira aqui algumas dicas de prevenção, publicadas neste blog em junho deste ano. Saiba mais dobre o estudo da OMS:

Terceira idade, maior vítima de quedas que levam à morte

Estudo da OMS revelou que mais de 37 milhões de tombos graves são registrados todos os anos; a maioria das vítimas fatais tem mais de 65 anos.

Um estudo da Organização Mundial da Saúde, OMS, sugere que pessoas na terceira idade são as maiores vítimas de tombos fatais. As quedas são a segunda maior causa de morte acidental em todo o mundo.

De acordo com a pesquisa da OMS, divulgada na terça-feira, todos os anos, mais de 37 milhões de pessoas sofrem tombos graves e precisam ser hospitalizadas. Oito de cada 10 acidentes ocorrem em países de rendas baixa e média. A maior parte dos óbitos por queda ocorre entre a população com mais de 65 anos.

Prevenção

A OMS recomenda aos governos que revejam estratégias de prevenção com foco na educação, treinamento e criação de ambientes seguros para a terceira idade. Para a agência, o assunto se tornou um problema de saúde pública.

Com base numa política implementada no Canadá, o estudo revelou que estratégias de prevenção ajudariam a reduzir 20% dos acidentes entre crianças com menos de 10 anos. Crianças e jovens também são vítimas de tombos, mas na maioria dos casos, existem maiores chances de recuperação.

As quedas fatais matam 424 mil pessoas por ano.

Fonte: Site da ONU