Mostrando postagens com marcador envelhcer. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador envelhcer. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Saiu o resultado final do I Concurso de Contos para Idosos da SESV


É com imenso prazer que comunicamos o resultado final do I Concurso Cultural de Contos para Idosos da SESQV. Confira na lista abaixo os quatro vencedores do Prêmio Rubem Fonseca, no valor total de R$ 5 mil:


1º lugar: Marlene da Silva Leal;

2º lugar: Lucia Vargas Guimarães;

3º lugar: Aluísio Machado da Cruz;

4º lugar: Helena Zylberberg.


À primeira colocada será entregue prêmio no valor de R$ 2 mil. A autora do segundo melhor conto será premiada com R$ 1.500,00. O terceiro colocado receberá R$ 900,00 e estão reservados R$ 600,00 para a autora do quarto melhor texto.


A cerimônia de premiação será realizada no dia 19 de outubro, às 10h30, no Auditório 01 do Centro Administrativo São Sebastião (CASS). Parabéns a todos os concorrentes, em especial aos vencedores, e até o ano que vem!

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Doenças crônicas atingem quase metade dos idosos no país, aponta IBGE

RIO - Pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira indica que quase a metade dos idosos (48,9%) do país sofre de mais de uma doença crônica, como diabetes, problemas cardiovasculares e câncer. A Síntese de Indicadores Sociais 2009, que apresentou dados de levantamento feito em 2008, mostra que, à medida que a pessoa envelhece, maiores são as chances de contrair uma doença crônica. No subgrupo com 75 anos ou mais, a taxa é de 54%.

Entre as doenças, a hipertensão é a que mais aparece (50%) em idosos (acima de 60 anos). Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2%, respectivamente, das pessoas nessa faixa etária.

"Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, entretanto, ter a doença não significa necessariamente exclusão social. Se o idoso continua ativo da sociedade, mantendo sua autoestima, é considerado saudável pelos estudiosos", destaca o estudo.

Dessa forma, a pesquisa justifica o fato de 45,5% dos idosos terem avaliado o estado de saúde como bom ou muito bom. Segundo o levantamento, 12,6% avaliam que a saúde está ruim ou muito ruim, sendo que a maioria é formada por pretos e pardos com mais de 75 anos e renda de meio salário mínimo.

Em relação à saúde, também chama a atenção o fato de 32,5% dos idosos não terem o domicílio cadastrado em programas de saúde do governo ou não terem cobertura de planos particulares. No Rio de Janeiro, 49,1% das pessoas nessa faixa de idade estavam sem cobertura.

A pesquisa também traçou o perfil do idoso no país. Mulheres (55,8%), brancos (55,4%) e com menos de um ano de escolaridade (30,7%) são maioria. Com relação à renda, pouco menos de 12% viviam com cerca de metade de um salário mínimo e 66% estavam aposentados.

Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Envelhecimento ativo do idoso traz benefícios à sociedade

Com o envelhecimento acelerado da população, a sociedade brasileira está diante de um grande desafio. Ela precisa se preparar para manter o idoso ativo e produtivo, caso contrário o risco de doenças psicológicas e cognitivas irá aumentar. Hoje, o país tem cerca de 20 milhões de idosos e pelo menos 15% são portadores de depressão. Em 40 anos, o percentual de idosos deve dobrar, passando de 6,67% para pouco mais de 13% da população total do país. O crescimento da depressão pode acompanhar ou até superar este ritmo. A doença avança conforme a pessoa se torna inativa e isso favorece outras doenças cognitivas, como o Mal de Alzheimer.

Por outro lado, se a sociedade passasse a oferecer mais atividades aos idosos, o risco de desenvolver doenças cognitivas e as chances de postergar o avanço delas seriam bem menores. É justamente isso que a pesquisadora Margareth Brandini Park pretende com seu livro “Educação e Velhice”, da Editora Setembro.

A pedagoga, ligada ao Centro Memória Unicamp (CMU), reuniu para a obra trabalhos de 20 pesquisadores sobre longevidade, em parceria com o sociólogo Luís Antônio Groppo. Os textos relatam experiências bem-sucedidas com a terceira idade, todas ligadas a ambientes de educação.
“São propostas de intergeracionalidade, nas quais aproximamos idosos de jovens. A energia de crianças e adolescentes mexe com o idoso, e a experiência do idoso acalma e desperta interesse em jovens”, resume a pesquisadora.
Ela cita o exemplo de uma escola municipal de Jarinú, no interior de São Paulo. “Idosos foram convidados para contar suas memórias aos alunos e isso os ajudou a reconstruir um retrato do passado da cidade”, conta a pedagoga. Os idosos contavam como era a escola, o ambiente e as brincadeiras antigas, entre outras coisas. Outro grupo de idosos fez uma atividade semelhante.
“Eles ajudaram a identificar um acervo fotográfico antigo da cidade”, afirma. As duas atividades são consideradas exercícios para a memória, indicados e bastante utilizados no combate de níveis leves e moderados de demência.
Outra maneira de melhorar a autoestima na terceira idade é com os jornais comunitários, mostra a pesquisadora no capítulo 7 do livro. O idoso aparece como uma espécie de “guardião da memória” do bairro, ao apresentar suas recordações em jornais comunitários. Em outro caso, a pesquisadora mostra o trabalho feito por um grupo de idosos, adeptos ao batuque de umbigada. Essa dança de origem africana, que também utiliza instrumentos de percussão, passou a ser ensinada a jovens interessados em música.
“São todos exemplos positivos, que podem ser aproveitados em outros trabalhos de inserção do idoso na sociedade”, afirma a pedagoga.

Fonte: IG

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Sobre o envelhecer

Quero compartilhar com vocês um texto muito interessante que encontrei nessas minhas "andanças" pela Internet, escrito pelo reumatologista paulista Sergio Bontempi Lanzotti, em que o próprio discute práticas e conceitos os quais venho trabalhando aqui no Rio de Janeiro desde 2003. Divirtam-se e comentem!


Envelhecimento ativo: realidade nos consultórios

No início do século XX, na Europa desenvolvida, a expectativa de vida ao nascer andava ao redor dos 40 anos. Naquele tempo, o homem ou a mulher que atingissem essa idade provavelmente estariam se aproximando do final de suas vidas. Hoje, aos 40 anos, eles são jovens...

Por aqui, se a tendência de crescimento da população com mais de 60 anos se mantiver constante, o Brasil deverá alcançar, segundo as previsões do IBGE, um universo de 64 milhões de sexagenários em 2050, ou 24,66% da população. Os números impressionam, pois em 2005, apenas 9% da população tinha mais de 60 anos de idade, ou seja, 16,3 milhões.

O aumento da expectativa de vida do brasileiro é um fato comprovado pelos censos anuais. Atualmente, ser um sexagenário e chegar a ser um octogenário não chega a ser uma grande proeza, mas um desdobramento de uma série de conquistas médicas, sociais, políticas e tecnológicas.

Há 50 anos, os médicos aconselhavam "as pessoas de mais idade" a fazer repouso. Era clássica a imagem do velho de pijamas, sentado na poltrona da sala, sem fazer qualquer esforço, sem andar, nem sequer ir à padaria. Hoje, entendemos que o envelhecimento ativo conduz ao envelhecimento saudável. Este novo conceito prioriza não só a parte física, mas também as atividades sociais, profissionais e afetivas do idoso, que precisa pertencer, interagir e ser aceito pela comunidade.

Em 2002, durante a 2ª Assembléia Mundial sobre Envelhecimento, realizada em Madri, a Organização Mundial da Saúde lançou um documento denominado Active Ageing - A Policy Framework, apontando as perspectivas para um envelhecimento saudável. Este documento destaca o conceito do chamado envelhecimento ativo, que leva em conta o conceito de esperança de vida livre de incapacidades.

A incapacidade do idoso está relacionada ao seu grau de risco de ser portador de doenças crônicas. Você pode chegar aos 80 anos e ter um risco acumulado baixo de desenvolver alguma doença, enquanto um outro indivíduo da mesma idade pode ter até quatro vezes mais risco de desenvolver essa doença. Os riscos estão relacionados não apenas aos fatores genéticos, mas também ao estilo de vida de cada um.

A incapacidade funcional começa a aparecer por volta dos 60 anos. Por isto é importante evitar e prevenir o aparecimento das doenças crônicas e degenerativas na terceira idade. Para isso, existem intervenções que podem ser feitas tanto pelo paciente, quanto pela família, pelos médicos que assistem o idoso e até mesmo pela sociedade.

O aumento da expectativa de vida do brasileiro nos obriga a repensar a velhice e a ponderar sobre nossas escolhas da juventude, pois é grande a influência das nossas decisões individuais na qualidade de vida futura.

O envelhecimento ativo prioriza a atividade física não só após o indivíduo ter atingido a faixa de idade mais avançada da vida, mas durante todo o processo. Não se admite mais um período de sedentarismo em que a atividade física seja interrompida por volta dos 20, 25 anos, quando ele se torna um profissional atuante e só seja retomada mais tarde, como forma de tratamento porque já adoeceu.

Um dos motivos de queixa mais freqüente nos idosos são limitações articulares associadas às dores articulares, que se misturam e acabam conhecidas popularmente pelo codinome de reumatismo. O reumatismo tem como característica marcante a degeneração, a perda da mobilidade articular, preceitos contrários ao envelhecimento ativo. Para combater este mal, é recomendado à terceira idade a prática de exercícios físicos, que aumentam a competência e o vigor muscular e impedem a manifestação da dor.

Não podemos falar numa receita ou numa fórmula para envelhecer bem. Não existem recomendações gerais, apenas específicas, apropriadas para cada indivíduo. Entender como funciona o corpo humano e o processo de envelhecimento é mais eficaz do que buscar a fórmula da juventude, pois na história evolutiva do ser humano, nunca houve a expectativa de se viver mais de 60 anos, como há agora.

Por isto, devemos planejar como queremos viver esse tempo "extra", lembrando que fundamental é querer viver bem todos os anos que teremos pela frente, não aceitando de forma passiva os acontecimentos, participando ativamente do processo de envelhecimento.

Por Sergio Bontempi Lanzotti - reumatologista, diretor do Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares (Iredo)