quinta-feira, 31 de julho de 2008

Máfia dos transplantes


A se confirmar as acusações sobre a Máfia dos Transplantes e, se as investigações forem realmente para valer, é possível que não sobre pedra sobre pedra, já que, apesar da prisão dos médicos responsáveis pelo sistema de transplantes, não é admissível que autoridades do ministério da Saúde não tenham que responder pela falta de controle. Até agora, morreram seis pessoas que aguardavam sua vez na fila. Ao mesmo tempo, as autoridades erram ao suspender as cirurgias, pois a saúde dos que esperam na fila, e que não têm nada a ver com a máfia, não pode esperar.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

A polícia que queremos II


Tomo licença ao Gustavo de Almeida, do Blog da Segurança, de O Dia, para postar um desabafo de um policial militar, que corresponde a visão do outro lado, que poucos dão ouvidos. Nestes tempos de guerra civil, principalmente no Rio, é fundamental que a sociedade se digne a olhar para o seu umbigo e reflita sobre suas responsabilidades para a situação atual.

"Criticar o PM é muito fácil, afinal, a sociedade fluminense é perfeita moralmente, enquanto a PM carioca é a que mais mata, é corrupta e tem mil defeitos.A nossa sociedade é ética, não dá propina, não faz gato no relógio, não aceita gatonet, não tem filho drogado em casa.A Polícia é mal preparada, o policial não tem auto-controle em situações de crise, não sabe atirar nem quando atirar. Se o policial se originasse da sociedade carioca teríamos uma excelente Polícia.O policial é violento, é alcoólatra, é gordo, é aculturado, não provém de boa família e logo não tem boa formação. A sociedade é de paz, não usa drogas, dirige com prudência, não agride domésticas e nem maltrata prostitutas por preconceito.A sociedade não alimenta o tráfico nem atura que seus filhos das classes abastadas, principalmente que as lindas moças subam os morros e troquem seus corpos por sacolés de cocaína e pose para fotos com fuzis.Os jovens das classes abastadas não são brigões, isso é coisa de pobre e de policial. Os jovens da sociedade não 'tomam bala' nas festas rave, pois isso pode matá-los precocemente, e no mais, seus pais estão sempre atentos e por perto.A polícia e seus policiais não fazem parte da sociedade. São duas coisas totalmente distintas, as pessoas e os policiais.Já dizía Lendro Sapucahí: "o Judiciário está todo comprado, o Legislativo financiado e o pobre coitado que joga seu voto no lixo, não sei se por raiva ou só por capricho, coloca a culpa de tudo nos homens do camburão..."Culpar os caras de azul é mais fácil. são cães sarnentos. Já se acostumaram a apanhar. AFINAL, POLICIAIS SÃO FEITOS PARA MORRER, NEM QUE SEJA POR R$ 800 POR MÊS."

terça-feira, 29 de julho de 2008

Revolução silenciosa




A imprensa tem dado pouco destaque às estratégias de ajuda institucional ao MST. Por exemplo, já chega a quase R$ 60 milhões o financiamento público do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), cujo maior beneficiado é o MST e suas congêneres. Hoje, já são quase 4 mil alunos fazendo 49 cursos universitários de Agronomia, Direito, Geografia, entre outros. Só que para entrar no programa não precisa fazer nenhum vestibular e, sim, ser indicado por algum líder sem-terra. Além disso, o aluno recebe uma bolsa de ajuda pública de R$ 300. Para mim, trata-se de mais um passo na silenciosa revolução que este governo está a implementar dentro de seu projeto de perpetuação no poder. Quem viver, verá.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Sou você amanhã


E o caos aéreo voltou! Só que na Argentina. Centenas de brasileiros, que preferiram a AA (Aerolíneas Argentinas) para passar férias em Buenos Aires e Bariloche, estão passando o maior sufoco para voltar ao Brasil. A verdade é que a AA está falida depois de um obscuro processo de privatização, cuja irresponsabilidade dos dirigentes resultou em salários de funcionários atrasados e deficiência na manutenção técnica dos aviões. Ou seja, acabaram com a empresa. O governo de Cristina Kichner está reestatizando a Aerolíneas Argentinas, mas, até lá, o pior pode acontecer. Enquanto isto, aqui no Brasil, “resolveu-se” a crise reajustando as passagens em até 200% e acabando com as promoções. E as promessas de ampliação de aeroportos e outras medidas para dar conforto aos viajantes ficaram na esperança.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

O Rio não merece II


É impressionante como a banalização da violência vem transformando o comportamento de grande parte da população do Rio. Pois, são tantos os crimes brutais acontecendo pela cidade, que muitas pessoas estão achando normal, tratando como uma fatalidade natural de uma grande cidade. Que absurdo! O caso mais recente foi o de um corpo de um morador de rua, encontrado queimado em uma rua, em pleno centro do Rio. No depoimento à uma repórter, um comerciante das proximidades disse achar normal, pois já faz parte do cotidiano da cidade. Este tipo de comportamento é que temos que repudiar. Não podemos nos conformar com isto jamais, sob o risco de perdermos a humanidade e assumirmos a barbárie. Ninguém merece!

quinta-feira, 24 de julho de 2008

O Rio não merece

Ainda sobre a guerra suja do Rio, em que traficantes, milícias e tropas do estado disputam o espaço urbano, tendo uma população de milhões de cariocas no meio dos combates, é importante que os governos reconheçam que a crescente favelização da cidade é componente fundamental para o estado crítico a que chegamos, em pleno século XXI.
Pouca gente se deu conta ou insiste em não enxergar que a falta de uma política habitacional para baixa renda é, se não o maior, um dos principais fatores para a violência urbana. Na verdade, a cumplicidade tolerante dos governos para com as invasões e construções irregulares resultou em complexos inexpugnáveis em praticamente todos os bairros da cidade. São labirintos de previsíveis conseqüências de degradação ambiental, que contribuíram sobremaneira para o atual estágio de caos social e urbano.
São populações inteiras sob o julgo de gangues, que cresceram com a complacência e até parceria do Estado, que insiste em tratar a violência pública unicamente como assunto de polícia. É preciso atentar também para as políticas inicialmente postas em prática para transformar favelas em bairros, que acabaram por multiplicar e institucionalizar a desordem urbana. Basta ver o que aconteceu com históricos e bucólicos bairros dos subúrbios da Central ou da Leopoldina, que se transformaram em bairros-favela, tal o grau de degradação e abandono que atingiram por causa de posturas no mínimo demagógicas de autoridades egocêntricas e populistas. Na verdade, tais políticas só serviram a grupos de oportunistas que comercializam e sobrevivem das carências e ignorância das massas, sobrevalorizando migalhas assistencialistas, num primeiro momento simpáticas, mas que, na verdade, eterniza a acomodação de quem só tem a esperança por salvação. Aliás, pouca gente se deu conta que, talvez, esteja sendo preparado o terreno fértil para aventuras pouco ortodoxas sob a bandeira de se resgatar a justiça social. Sabemos que os primeiros passos para tal consiste na desmoralização das instituições juntamente com incentivos à tensão social, práticas estas que fazem parte do cotidiano atual de, praticamente, todas grandes cidades do País. É preciso salvar a democracia dos aproveitadores de plantão.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Milícias x Rio

Há uma confusão sobre o fenômeno das milícias no Rio de Janeiro. Primeiramente, a mais famosa delas, a da comunidade de Rio das Pedras, existe há mais de 30 anos, sob a tolerância do Estado, pois afastava o tráfico de drogas. Porém, o poder econômico fez com que divergências aflorassem provocando disputas internas, que despertaram a atenção da mídia e, por consequência, também do Estado. Por conseguinte, outras comunidades dos subúrbios e periferias passaram a sofrer influência de grupos armados, que expulsaram o tráfico, vislumbrando os lucros proporcionados na exploração de serviços de gás, transporte clandestino, entre outros ilegais. O que ainda não ficou claro e precisa também da atenção das autoridades é que o problema atinge também condomínios e bairros da Zona Sul e o "serviço de segurança" recebe a simpatia e/ou a tolerância de alguns. É isto que ainda precisa ser evidenciado, com o intuito de evitar a propagação do mal a ponto de este tornar-se irreversível.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Unati forma mais 450 cuidadores de idosos



A Unati/Uerj (Universidade Aberta da Terceira Idade) formou, no último dia 18, mais uma turma de cuidadores de idosos. Desta vez, foran 450 alunos, que agora estão habilitados a prestarem um serviço especializado ao segmento da população do Rio que mais tem crescido nos últimos anos.

O que gostaria de destacar é o trabalho pioneiro desenvolvido pelos profissionais da Unati, tendo à frente seu diretor-geral Renato Veras, que é um abnegado na defesa por melhores condições de vida para a população idosa do estado. Parabéns a todos os que contribuem para o fortalecimento da Unati, que precisa,sim, ser evidenciada como instituição exemplo na luta pelo reconhecimento dos valores e direitos da Terceira Idade.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Operação solta, agarra...

Ainda sobre a operação solta, agarra e abafa da PF, no maior escândalo, até agora, deste governo, por mais que insista na volta dos delegados afastados à investigação, as autoridades não conseguirão reverter o estrago na credibilidade de uma apuração isenta. A intromissão indevida do governo só fez com que o escândalo mudasse de foco, pois os personagens principais deixaram de ser Daniel e sua trupe e passaram a ser os delegados e a cúpula do governo, com Lula à frente. Quem perde é a instituição e a opinião pública, que ficam perdidos numa armação confusa, cujo objetivo único é desviar a atenção dos verdadeiros culpados.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Operação agarra, solta e abafa


Sobre a Operação Satiagraha, o maior escândalo político do País, até agora, não dá para aceitar a verdadeira operação abafa que estão fazendo para que a investigação não chegue até ao fim, com a identificação de todos os culpados por crimes contra a Nação. Afinal, não há explicação lógica para o afastamento dos delegados da Operação Satiagrahha, que extranhamente pediram para sair. A verdade é que documentos decobertos numa parede falsa do apartamento do banqueiro Daniel Dantas, passados quase uma semana do achado, ainda não foram divulgados. Talvez esteja aí a causa do afastamento dos delegados, pois há quase a certeza que tais documentos revelem elos de ligação do escândalo às autoridades de Brasília. Aliás, pelo menos três casos, envolvendo autoridades próximas à cozinha do Planalto, tiveram investigadores isentos substituídos. Foi assim no caso do assassinato de um prefeito do PT, no caso da prisão do marketeiro de Lula numa rinha de galos e no tal dossiê contra tucanos. Esta operação atual, solta e agarra, agarra e solta, tem tudo para acabar numa enorme pizza.

terça-feira, 15 de julho de 2008

A maioridade do Estatuto da Criança


Ainda sobre os 18 anos do estatuto da Criança e do Adolescente, tomo licença à IVONE BOECHAT, para transcrever seu texto, que é mais que oportuno nesta data em que não há muita coisa a comemorar:


“Confissões de um menor abandonado


“Eu sei que sou culpado. Não tive capacidade para assumir a administração de minha vida. Não fui capaz de resolver as emoções infantis nem consegui equilibrar-me sobre os obstáculos que herdei da sociedade.
Até que me esforcei! Olhei para a vida de meus pais, porém, os desentendimentos de seu casamento falido nublaram os tais exemplos de que ouvi falar, só falar.
Não tive o privilégio de me aquecer no meu próprio lar, porque lhe faltou a chama do amor, sustentando-nos unidos. Cada qual saiu para o seu lado. Na confusão da vida me perdi.
Candidatei-me à escola. Juntei a identidade civil à foto desbotada, botei a melhor farda de guerreiro, entrei na fila. Humilhado por tantas exigências, implorando prazos, descontos e vaga, sentei-me num banco escolar, jurei persistência, encarei o desafio.
- Joãozinho, você não sabe sentar-se?
- Joãozinho, seu material está incompleto.
- Joãozinho, seu trabalho de pesquisa está horrível.
- Joãozinho, seu uniforme está ridículo.
A barra foi pesando, fui sendo passado para trás e vendo que escola é coisa de rico. Um dia, arrependi-me, mas a professora se escandalizou das faltas (nem eram tantas!) e disse que meu nome já estava riscado, há muito tempo. O que fazer? Dei marcha à ré ali e, olhando a turma, com vergonha, fui saindo.
Moro nas marquises, debaixo da ponte, nas calçadas e não moro em lugar nenhum. Tenho avós, pais, irmãos e primos, mas não tenho família. Tenho idade de criança e desilusões de adulto. Minha aparência assusta as pessoas e nada posso fazer. A cada dia que passa, estou mais sujo, mais anêmico, mais fraco.
Sou um rosto perdido, perambulando em solo brasileiro. Na verdade, chamam-nos menores, todavia, somos os maiores desgraçados.
Vendo balas num sinal de trânsito que muda de cor a cada minuto. Quando o sinal fica vermelho, os carros param, meu coração dispara. Para nós, menores abandonados, o vermelho é a cor da esperança.


Ivone Boechat”

Obrigado Ivone.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

A polícia que não queremos


Ainda sobre as polícias do Rio de Janeiro. Li, recentemente, nos jornais que alguns policiais, munidos de computadores de bolso e rádios comunicadores foram flagrados utilizando os apetrechos para acharcar motoristas de veículos, principalmente os de luxo, em circulação ilegal pelas principais vias da cidade. Pelo rádio ou palmtop descobriam, pela placa, que o veículo-alvo devia alguma coisa ao Poder Público, e, assim, paravam o veículo. Na conversa vai conversa vem liberavam o incauto depois de apertos demorados de mão. A corregedoria agiu rápido, tirando os PMs das ruas e instaurando sindicâncias. A novidade da história é que os proprietários também serão chamados à Justiça, para explicações, pois também cometeram crime. Nada como andar na linha!

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Nunca antes na história deste País, a saúde pública esteve tão doente


A tragédia do menino João, morto numa ação desastrada da PM, revelou à sociedade carioca um outro drama, que se tornou crônico, mas que não tem sensibilizado às autoridades públicas da área de saúde. Trata-se da situção caótica em que se encontra o sistema de transplantes de órgãos no Rio. A família do pequeno João doou os órgãos do menino, mas apenas uma córnea pôde ser utilizada, pois o único banco de olhos do estado fechou por falta de recursos. Com isto, as milhares de famílias que lutam contra o tempo para resgatarem a saúde de seus entes queridos gritam por socorro. E os (i)responsáveis fingem que não é com eles. À propósito, a família do primeiro da fila para transplante de fígado, não precisou esperar por mais tempo: o paciente morreu, depois de o Hospital Universitário do Fundão ter suspendido os transplantes por falta de condições. Enquanto isso, o governo quer criar mais impostos, sob o argumento mentiroso de que é preciso "mehorar a saúde pública deste País".

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Não à guerra...II


Postei no último dia 7 do corrente o comentário “Não à guerra, queremos paz”, sobre a tragédia do menino assassinado por policiais na Tijuca, no qual conclamo a todos que amamos esta cidade, a participar de alguma forma, visando mexer com o espírito solidário e cidadão do carioca. E o amigo internauta Edmar Alves de Azevedo fez considerações relevantes, com as quais concordo em todos os sentidos. Por isso, fiz questão de publicá-las. Obrigado pela participação.

“Estado tem negligenciado ao longo da história do papel que caberia desenvolver junto as comunidades carentes e permitiu com sua ausência o crescimento do "estado paralelo" com sua regras e leis específicas.Não há mágica para resolver questões tão complexas e multifacetadas. Hoje o Brasil gasta com recursos públicos em educação 0,4% do PIB, porém seria necessário o dobro para suprir as demandas do plano nacional de educação. Gasta-se três vezes mais com segurança pública e se parte deste gasto fosse revestido para educação, mal precisaríamos de tanta polícia, o caminho e a saída para tudo que esta ocorrendo, sempre foi a educação e as melhorias na qualidade de vida do cidadão brasileiro. A criminalidade aumenta paralelamente com a degradação do ensino no pais. Dados do Ministério da Educação revelam que 52% doa alunos da quinta série das escolas públicas são completamente analfabetos e a taxa de repetência entre alunos da primeira a quarta série no Brasil, segundo a Unesco equivale aos de Moçambique e Eritréia. O Brasil precisa com urgência de uma ampla reforma do sistema educacional ou estaremos fadados ao atraso. A violência urbana e a resposta do descaso do poder público”. Edmar Alves de Azevedo

terça-feira, 8 de julho de 2008

A guerra do Rio



Ainda sobre a tragédia, que ceifou mais uma jovem vida inocente, me vêm à memória, dois eventos semelhantes que igualmente vitimaram inocentes: um aconteceu na Zona Sul, em 2004, quando uma idosa foi morta por policiais dentro de seu automóvel, junto com o bandido lhe assaltara; o outro, foi na saída do Complexo do Alemão, também há alguns anos, quando uma patrulha fuzilou um Passat velho, dirigido por um mecânico, que socorria a mulher em trabalho de parto. Só o mecânico sobreviveu. O que estes três casos têm em comum, além da falta de preparo dos policiais? Todos veículos tinham película escura nos vidros. Naquelas ocasiões, li alguma coisa sobre a ineficácia dos vidros escuros para a segurança dos motoristas, principalmente no ambiente de guerra urbana em que nos encontramos há décadas. Na crítica, o autor argumentava que o despreparo de policiais associado ao estresse e ao medo do conflito diário levam ao “atire primeiro, pergunte depois”. No mesmo artigo, o autor argumentava ainda que a simples existência de película escura não impedia assaltos e não intimidava bandidos. O fato é que, enquanto estivermos tratando a questão da segurança pública apenas como caso de polícia, continuaremos a chorar vítimas inocentes. Em algum momento a sociedade terá que impor um basta, obrigando autoridades a implantar políticas sérias de resgate à Paz e à segurança, que todos almejamos e merecemos. E estas incluem, em primeiro lugar, educação e justiça.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Não à guerra, queremos Paz


O Rio começa a semana chorando mais uma tragédia por causa da violência. Na Tijuca, no último final de semana, uma família teve o carro fuzilado durante toroteio entre policiais e bandidos. A incosequência e o despreparo fizeram com que mãe e filho de 3 anos fossem baleados, ao voltarem para casa depois de se divertirem numa festa. O menino morreu. Mas o que estarrece é que fatos lamentáveis como este só ficarão em destaque até a próxima tragédia, quando se tornarão apenas estatística. Não podemos deixar que o Rio se acostume e aceite este cotidiano. O importante é não se conformar e continuar acreditando que é possível, sim, reverter este quadro. Só depende de nós.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Mulher coragem



Depois de 6 anos em cativeiro na selva, a senadora Ingrid Betancourt foi libertada pelo Exército da Colômbia, numa operação espetacular. O grande perdedor desta história toda é o aprendiz de ditador, o chapolim Chaves, e porque não dizer, também Lula, pois sua simpatia para com os narcoguerrilheiros das Farcs não é mistério pra ninguém. Ganham os verdadeiros democratas da América do Sul. Aliás, seu exemplo de coragem e determinação deveria inspirar outros aspirantes à vida pública, principalmente aqui no Brasil, onde, desde a democratização, vivemos numa constante crise de valores.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

(Des) ordem urbana


O choque de ordem na Barra da Tijuca anunciado esta semana pelo governo estadual é a desmoralização total da Prefeitura, pois a competência pela ordem urbana da cidade é muncipal. É lamentável e patético este final da era Cesar Maia. O que começou como uma gestão profissional, em que a tolerância zero contra a anarquia ganhou o aplauso do carioca, o final de governo se caracteriza pelo total abandono da cidade. A desordem atinge praticamente todos os bairros, mas são os do Subúrbio e Zona Oeste, onde a degradação é maior, que deverão merecer atenção especial do próximo prefeito.

terça-feira, 1 de julho de 2008

Mais lenha na fogueira da inflação

Apesar de Lula propagar que o País vai às mil maravilhas, a realidade da população continua na desesperança. A inflação continua a corroer o bolso do trabalhdor. E os jornais de hoje já trazem os aumentos autorizados por Lula: 17% para o GNV (o gás veicular), 7% para álcool e gasolina, 6% para gás de cozinha e 13,44% nos planos de saúde. O dieesel vem com aumento disfarçado pelos aditivos de cerca de 2%. A única verdade é que tais aumentos, principalmente dos combustíveis, vai elevar todos os demais preços da economia. É o populismo levando o País a um passado de triste memória (inflacionária).