quarta-feira, 1 de julho de 2009

15 anos de Real

Há exatos 15 anos, em 1 de Julho de 1994, o presidente Itamar Franco e seu Ministro da Fazenda, Fernando Henrique Cardoso, lançavam o Plano Real, que conseguiu dar estabilidade econômica ao País, derrubando o dragão da hiperinflação, que passava de 1000% ao ano. O período inflacionário foi de triste memória para quem tem mais de 40 anos, pois todos os preços aumentavam da manhã para a tarde do mesmo dia. Foi uma época em que era impossível atribuir valor aos produtos ou serviços. A indexação dos salários era a fórmula usada para mascarar as mazelas da hiperinflação junto à sociedade.

Antes do Real, o País teve oito moedas: Cruzeiro, Cruzeiro Novo, Cruzeiro, Cruzado, Cruzado Novo, Cruzeiro, Cruzeiro Real e Real. O diferencial do Real em relação aos outros planos de estabilização, que foram meros controladores artificiais de preços e confiscos, foi, num primeiro momento, atacar a cultura da inflação, pela introdução da Unidade Real de Valor (URV), que estabeleceu valor real às coisas. Além disso, promoveu mudanças profundas em toda a economia, que incluiu a introdução de uma âncora cambial junto ao dólar americano e reformas no sistema bancário, entre outras.

Independente da importância da estabilidade como base para qualquer projeto de desenvolvimento de uma Nação, o grande mérito do Plano Real foi na esfera política, onde um consenso responsável entre as autoridades elevou o Plano Real à condição de um projeto do Estado brasileiro e não de apenas um ou outro governo.

Para esta debutante, a moeda Real, é reservada neste início de milênio mais um desafio, que é o de superar mais uma crise financeira, sendo esta de âmbito mundial, cujas consequências ainda não são totalmente previsíveis.

`A sociedade brasileira caberá a responsabilidade vigilante para que os frutos do Plano Real não apodreçam por conta da ação de saudosistas das cirandas financeiras. Para isto, esperemos que o Congresso assuma a maturidade de implementar as reformas necessárias ao principal objetivo do Plano Real; proporcionar um desenvolvimento realmente sustentável e duradouro. O povo do brasileiro merece. Parabéns, Brasil.

4 comentários:

renata disse...

De certo que cabe a cada um de nós,brasileiros,velar pela manutenção da economia,não admitindo juros abusivos de instituições bancárias, pleiteando o equilibrio financeiro nas relações constituidas,isto sim ,caracteriza a maturidade de um povo que não admite mais a livre e descabida exploração economica.

Anônimo disse...

Pior é fazer dos benefícios do Real para o povo, como resgatar parte da população da miséria, cacife político para aventuras. o real é do Brasil e não é de nenhum partido político. cabe a nós não permitir que os sacrifícios sejam esquecidos. Bruno Vitor

Renan disse...

o mérito do plano real é do FHC, e isso ninguém tira.

Bruno Campos disse...

O Plano Real ajudou o PT a comprar a classe média.