terça-feira, 7 de julho de 2009

A polícia que queremos


Nestes tempos de violência urbana nas grandes cidades, pelo menos dois episódios envolvendo ações dignas da PM do Rio nos fazem acreditar que nem tudo está perdido. O primeiro fato envolveu o BOPE, que numa ação inteligente, sem disparar um tiro sequer, libertou uma família, que era mantida refém por três bandidos em Niterói. Cumpriu a missão sob apláusos do povo.


O outro foi mais emblemático, pois envolveu um Comandante de Área, coronel operacional de primeira linha, que publicamente prendeu um cabo, que teria torturado um menor de 14 anos, numa favela da Baixada Fluminense. A bronca, seguida da prisão em flagrante do policial, foi filmada por repórteres e aconteceu depois que o pai do menor denunciou a agressão ao comandante. Este, no mesmo instante, interrompeu a operação, reuniu a tropa e, na frente da população local, defenestrou o acusado, recolhendo sua arma e encaminhando o cabo à delegacia.


Mas, uma das frases ditas pelo Comandante mereceu a atenção de todos e, com certeza, deve estar zumbindo até agora na memória dos policiais: "Temos que respeitar a população para sermos respeitados como autoridades policiais que somos", bradou.


Nestes tempos de crises éticas nas instituições, inclusive na qual o policial pertence, pelo menos este policial cumpriu com denodo o que todos esperamos dos agentes públicos. Uma demonstração exemplar de compromisso para com a população do Rio, independente de classe social.

Um comentário:

Anônimo disse...

Depois do esculacho no cabo, não ficou dois dias. pediu pra sair, depois q mudou o comandante geral;