quinta-feira, 22 de julho de 2010

Índice de felicidade cresce a partir da terceira idade, aponta estudo

Mais um texto interessante que divido com vocês. Este foi publicado no jornal Zero Hora, do Rio Grande do Sul. Você acredita que a experiência da vida traz mais felicidade?
Um estudo americano sobre bem-estar e felicidade da população traz boas notícias para as pessoas que estão entrando na terceira idade. Pesquisadores concluíram que o sentimento de felicidade se eleva gradualmente a partir dos 50 anos. Dos 18 anos até a meia idade, a sensação de felicidade diminui gradualmente e volta a atingir níveis satisfatórios na faixa dos 80 anos.

A pesquisa, publicada recentemente no Proceedings of National Academy of Sciences, entrevistou um total de 355.334 pessoas, em 2008. As idades variaram de 18 a 85 anos. Os dados mostram que, ao atingir 85, elas estão ainda mais satisfeitas consigo mesmas do que estavam aos 18 anos.

Fatores como estresse, preocupações, felicidade, tristeza e raiva foram avaliados e comparados com a faixa etária de cada pessoa. De acordo com a pesquisa, as experiências negativas e as tensões tendem a diminuir significativamente com o envelhecimento da população.

Entre homens e mulheres foram constatadas pequenas diferenças nos níveis a tristeza, estresse e preocupação, prevalecentes no sexo feminino. Os níveis com quedas mais bruscas são os de estresse e de preocupações. Dos 20 aos 50 anos, o estresse se mantém praticamente estável, com um leve declínio. Depois disso, reduz gradualmente até os 85 anos. As preocupações seguem a mesma tendência, mas diminuem menos do que o estresse.

Inteligência emocional

Os pesquisadores atribuíram os resultados a um provável aumento da inteligência emocional, da sabedoria e a capacidade que as pessoas mais velhas têm de auto-regular suas emoções. As pessoas com mais idade também tendem a recordar menos das memórias negativas em comparação com os adultos e jovens.

Para a professora da Faculdade de Psicologia da PUC-RS, Nadia Marques, o resultado se deve principalmente pelo aspecto emocional. Segundo ela é preciso avaliar outros fatores externos e culturais para construir um cenário que se aproxime mais da realidade.

— A personalidade, a identidade e a autoestima vão se construindo ao longo do tempo. O ser humano vai se conhecendo e vai aprendendo a lidar com frustrações. Com seus recursos pessoais ele vai atingindo na maturidade uma estabilidade psíquica. Talvez tolere mais as frustrações e saiba mais sobre suas limitações — analisa Nadia, que também é coordenadora do Serviço de Atendimento e Pesquisa em Psicologia da PUC-RS.

A especialista acredita que para atingir um bom nível de satisfação pessoal nessa faixa etária (acima dos 50 anos) é preciso saber lidar com o novo, ter criatividade e ser flexível para, se necessário, repensar projetos e buscar alternativas para aproveitar cada momento da vida.
Fonte: Zero Hora

Nenhum comentário: