quinta-feira, 10 de junho de 2010

Crime contra o Rio

É na calada da noite que covardes e sorrateiros agem. E foi numa manobra escusa como esta que o Senado aprovou, por volta das duas e meia da madrugada (10/06), a emenda que redistribuiu os recursos provenientes dos royalties do pré-sal, o que prejudicou estados e municípios produtores de petróleo.
Mesmo que a matéria aprovada determine que caberá à União compensar as perdas dos entes produtores, a verdade é que, para o Rio de Janeiro, a tunga significa menos R$ 10 bilhões por ano de investimentos. E os projetos mais prejudicados são os de infraestrutura, educação e saúde, além dos servidores, que tiveram seus processos de reajustes paralisados.
É claro que quem ajudou a aprovar tal absurdo não pensou nas consequências também sobre os compromissos internacionais assumidos pelo Brasil para a realização da Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas de 2016, que, com certeza, passam a ser projetos incertos, pois ficam comprometidos os recursos, que tais empreendimentos estão a exigir desde já.
Apesar dos avanços que a sociedade brasileira tem demonstrado, qualificando o Brasil como um dos países referência neste início de século XXI, a verdade é que parte da elite política continua ignorando que o interesse maior da nação deve prevalecer sobre projetos pessoais e demagógicos de poder. E isto é inaceitável.
A luta pela justiça dos royalties continua. E esperamos agora que a situação possa ser revertida, com o projeto voltando para a Câmara.

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