quinta-feira, 15 de abril de 2010

Idoso consome cada vez mais

Mais uma pesquisa demonstrativa da participação do idoso na economia, que a imprensa repercutiu recentemente. Pelo levamento do Insituto Somatório, que o jornal O Dia repercutiu em reportagem, '93% dos idosos têm renda própria, com vencimentos que somam R$ 7,5 bilhões. Na classe C, sessentões contribuem com 72% dos ganhos da família, e os solteiros compram itens de alimentação mais caros.
Ainda pela reportagem, “a pesquisa quebrou vários estereótipos negativos em relação à população da terceira idade”, afirma Marcello Guerra, diretor do instituto e responsável pelo estudo. Ele faz referência à imagem do idoso dependente financeiramente e sem poder de decisão.
A pesquisa, de outubro, entrevistou cerca de 1.500 pessoas a partir dos 60 anos, de todas as classes, em 10 centros urbanos do País. Um dos dados que chama a atenção é o papel que a população com mais de 60 anos de idade desempenha na renda familiar. De acordo com o levantamento, esse estrato da população responde, em média, por nada menos do que 71% da renda familiar total. Essa participação aumenta de forma significativa quanto mais baixa é a classe econômica.
Na classe A, por exemplo, eles contribuem para 55% da renda familiar; na classe B, essa participação sobe para 59%; na classe C, para 72%; na classe D, chega a 88%. A classificação social usada pela pesquisa é o Critério Brasil, da Associação Brasileira das Empresas de Pesquisa (ABEP), que avalia não apenas a renda, mas a posse de bens, as condições da moradia e a escolaridade.
Além de constatar o papel fundamental no orçamento, a pesquisa mostra que essa fatia da população gasta mais com despesas corriqueiras, como alimentação, quando a pessoa vive sozinha. Nos lares dos sessentões solitários, o gasto com alimentação chega a ser duas vezes maior do que a despesa desse mesmo indivíduo quando ele mora com a família. De acordo com a amostragem, a despesa mensal de um sênior solitário com alimentação soma, em média, R$ 281. Já quando ele mora com a família ou parentes, o desembolso cai para R$ 123.
Marcello Guerra explica que essa diferença decorre do fato de os solitários se darem ao luxo de consumir produtos de marca. Solitários gastam mais com telefone. Pessoas com mais de 60 anos sozinhas gastam, em média, R$ 66 por mês com telefone por terem necessidade maior de se comunicarem com parentes e amigos. Já quem vive acompanhado desembolsa R$ 26, diz a pesquisa.
Os solitários da classe A, por exemplo, gastam, em média, R$ 189 por mês com telefone. Já os que moram com a família têm despesa mensal de R$ 56. “Os solitários dessa faixa etária gastam a mesma coisa ou até mais que um adolescente com telefone”, diz Marcello Guerra.
O estudo mostra que 81% se declararam independentes para as tarefas cotidianas. Ir ao shopping faz parte da rotina: 30% dos entrevistados vão às compras, mas com frequência menor que a da população mais jovem. Esse percentual é mais elevado entre as idosas (36%). Viajar, ainda que eventualmente, também é desejo de consumo: 64% dos entrevistados declararam que costumam viajar.'

Fonte: O Dia

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