quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A Guerra do Rio

A mais recente onda de violência no Rio de Janeiro, além da renovação dos traumas, evidencia ainda mais a responsabilidade de todos – Poder Público e sociedade - em relação ao enorme desafio de debelar a criminalidade nos prazo assumidos perante o mundo.

Afinal, a Copa de 2014 e, logo adiante, as Olimpíadas de 2016, nos impõem limites intransponíveis no cumprimento de promessas e obrigações assumidas com o resto do mundo, que balizarão, com certeza, a nossa capacidade de realização no cenário internacional.

Mais uma vez teremos que superar o ceticismo provocado pelas imagens como a do último sábado (17/10), com helicóptero da polícia e ônibus em chamas, num duro contraste com as belezas naturais e a alegria, que apresentamos, há poucas semanas, aos membros do COI e aos povos do mundo todo.

Concordo que não há solução de curto prazo, pois são trinta anos de desleixo para com a questão da violência urbana, que foi tratada até agora e erradamente, como problema unicamente de polícia.

As autoridades atuais enxergaram o óbvio e começaram a tratar a questão com muito mais profundidade, convencendo-se de que sem políticas de reinserção social e urbanística de comunidades, as ações de repressão somente servirão para enxugar gelo, eternizando e agravando o problema.

Os complexos de Manguinhos e Alemão passam por obras, que, com certeza, refletirão positivamente na melhora de qualidade de vida dos moradores dessas regiões. Mas, tais ações devem ser acompanhadas de projetos sócio/educacionais, que ajudem a dar oportunidade e resgatar a dignidade da juventude desses lugares, que têm, muitas vezes, na marginalidade única opção de sobrevivência.

2 comentários:

ferreirinha disse...

Há 20 anos, se tivessem dado continuidade ao projeto dos cieps, com crianças das favelas em tempo integral nas escolas, a situação hoje seria outra.

Anônimo disse...

ACABAR COM FAVELAS...HAHAHAHAHA...QUERO VER....VAÕ ACABAR COM OS CURRAIS ELEITORAIS DOS POLÍTICOS...É RUIM, HEIN....