sábado, 30 de abril de 2011

Percentual de idosos na população segue em crescimento, diz Censo

Em números absolutos, país tem mais idosos do que crianças de até 4 anos

Por Carolina Lauriano e Nathália Duarte

Nas últimas décadas, o Brasil tem registrado redução significativa na participação da população com idades até 25 anos e aumento no número de idosos. E a diferença é mais evidente se comparadas as populações de até 4 anos de idade e acima dos 65 anos. Em 2010, de acordo com a Sinopse do Censo Demográfico divulgada nesta sexta-feira (29), o país tinha 13,8 milhões de crianças de até 4 anos e 14 milhões de pessoas com mais de 65 anos.

A sinopse, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apresenta os primeiros resultados definitivos do último recenseamento. Alguns números divulgados preliminarmente em novembro de 2010 foram ajustados, a exemplo do total da população, com a inclusão de estimativas sobre a população dos domicílios considerados fechados durante a coleta de dados.

De acordo com o IBGE, o grupo de crianças de 0 a 4 anos do sexo masculino, por exemplo, representava 5,7% da população total em 1991, enquanto o feminino representava 5,5%. Em 2000, estes percentuais caíram para 4,9% e 4,7%, chegando a 3,7% e 3,6% em 2010. Enquanto isso, cresce a participação relativa da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passando a 5,9% em 2000 e chegando a 7,4% em 2010.

Em 1991, o grupo de 0 a 15 anos representava 34,7% da população. Em 2010 esse número caiu para 24,1%. Já entre a população com mais de 65 anos correspondia, em 1991, a 4,8% da população e passou para 7,4%, em 2010. “Isso significa que há menos crianças e adolescentes no país do que há 10 anos e que a população de idosos aumentou”, afirma Fernando Albuquerque, gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais do IBGE.

O Brasil tem, segundo o Censo 2010, 45.932.295 pessoas entre 0 e 14 anos; 34.236.060, entre 15 e 24 anos; 46.737.506, entre 25 e 39; 34.983.120, entre 40 e 54; 14.785.338, de 55 a 64 anos; e 14.081.480 com mais de 65 anos.

A Região Norte, apesar do contínuo envelhecimento, ainda apresenta, segundo o IBGE uma estrutura bastante jovem. A população de crianças menores de 5 anos da Região Norte, que era de 14,3% em 1991, caiu para 12,7% em 2000, chegando a 9,8% em 2010. Já a proporção de idosos na população passou de 3% em 1991 e 3,6% em 2000, para 4,6% em 2010.

As regiões Sudeste e Sul são as mais envelhecidas do país. As duas regiões tinham, em 2010, um contingente de idosos com 65 anos ou mais de 8,1%. Nesse mesmo ano, a população de crianças menores de 5 anos era de 6,5% no Sudeste e de 6,4% no Sul.

Já a Região Centro-Oeste apresenta uma estrutura etária semelhante à média nacional. O percentual de crianças menores de 5 anos em 2010 chegou a 7,6%, valor que era de 11,5% e 9,8% em 1991 e em 2000, respectivamente. A população de idosos teve um crescimento, passando de 3,3%, em 1991, para 4,3%, em 2000, e 5,8%, em 2010.

Fonte: G1 http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/04/percentual-de-idosos-na-populacao-segue-em-crescimento-diz-censo.html

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vagas para idosos em universidades

Todos sabemos que o acelerado envelhecimento da população requer, por parte da autoridade pública, ações políticas adequadas que garantam a real integração dos idosos na sociedade. Também não é novidade que esta nova terceira idade é mais ativa, por isso, a busca de atualização e por novos conhecimentos tem feito com que muitos idosos troquem os bancos das praças por bancos escolares, em universidades.

Assim, um projeto de lei, do deputado Marcus Vinicius (PTB-RJ), em tramitação na Alerj, vem para facilitar o ingresso dos cidadãos idosos nas universidades, pois propõe a reserva de 3% das vagas para os postulantes com mais de 60 anos. Para o autor, a proposta é mais que oportuna, já que vem ao encontro de um anseio dos idosos, que há muito são merecedores de oportunidades especiais para voltarem aos estudos.

Concordo plenamente e acrescento que a louvável iniciativa do deputado Marcus Vinícius faz parte da conjugação de esforços, em todas as esferas públicas, cujo objetivo maior é a efetivação e melhora da qualidade de vida da população idosa do nosso estado. E a educação e a qualificação são partes essenciais na verdadeira inserção do idoso na sociedade moderna.

Para mim e para Marcos Vinícius a participação do idoso é fundamental à justiça social, bem como para a melhoria da qualidade de vida de todos nós. Por isso, digo e repito que educação é tudo na vida e não há limite de idade para a busca do conhecimento. Partilho da opinião de que o maior patrimônio da humanidade é o saber e não o ter.


Parabéns, deputado Marcus Vinícius. Tenho certeza de que sua iniciativa servirá de exemplo para o Brasil.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

inflação para idosos fica em 2,18%

A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), da Fundação Getúlio Vargas (FGV), foi de 2,18% no primeiro trimestre deste ano, mostrando uma desaceleração em relação aos três meses anteriores, quando ficou em 2,46%.


Segundo a FGV, a alimentação foi o item que mais pesou nas contas dos idosos, representando 80% da taxa acumulada. Nos três primeiros meses do ano, os alimentos subiram 2,63% ante os 5,15% do período anterior. Outro fator que tem pesado bastante no bolso do pessoal da terceira idade é o de serviços, pois esta parcela da população depende mais de médicos, cuidadores e empregados domésticos, cujos os custos tiveram altas expressivas, alguns mais de 50%.


Embora tenha havido a desaceleração neste início de ano, a FVG alerta que as próximas medições poderão indicar que o custo de vida dos idosos continuará sendo pressionado, por conta, principalmente, dos reajustes nos preços dos medicamentos e planos de saúde. A expectativa dos técnicos da FGV é de que a variação, para mais, fique entre 4,5% e 6%.


A lição a seguir é pechinchar sempre, e procurar alternativas mais adequadas ao bolso de cada consumidor. Tarefa, sabemos, por demais difícil, pois as opções para os idosos, apesar dos avanços, ainda são aquém das suas necessidades.


Só espero que as autoridades sejam capazes o suficiente de manter apenas nos livros de história os malefícios da hiperinflação, de triste memória para a sociedade brasileira. A estabilidade é a base para o desenvolvimento sustentável. E a inflação é um virus que desestabiliza qualquer projeto de desenvolvimento.



quinta-feira, 7 de abril de 2011

Que tragédia é esta?

Não há palavras para exprimir a dor e o estado de choque em que nos encontramos por conta do massacre provocado por um atirador, vitimando dezenas de crianças e adolescentes numa escola da Zona Oeste do Rio, na manhã de hoje. Estarrece mais porque só tínhamos conhecimento de chacinas semelhantes através do noticiário internacional, também ocorridas em escolas e universidades, como a que aconteceu em Columbine, nos EUA, há anos atrás. Tragédias próximas doem mais, é verdade, mas, apesar das apurações e as tentativas de se desvendar os "porquês", não há explicações humanas para o inexplicável.


Neste momento, a consternação coletiva é total, mas é duro saber que a insanidade, com certeza, continuará fazendo parte do nosso cotidiano, camuflada, até que, de tempos em tempos, volte a produzir seus efeitos trágicos. Minha dor solidária para com as famílias atingidas e minha oração para que a razão sempre prevaleça ante ao terror psicopata. O Rio está de luto.