segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Pela ética, sem hipocrisia.

Nas últimas semanas, os jornais vêm destacando o envolvimento de várias personalidades públicas suspeitas de participação em atos criminosos. Tais fatos levaram a discussão para a questão ética e os instrumentos de depuração da classe política. Atualmente, há um debate sobre a criação de um Código de Ética para a Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro. E o jornal O Dia, na edição do último dia 24 de agosto, publicou matéria com a opinião dos vereadores sobre o tema.

Porém, ao ressaltar minha posição inicialmente contrária ao projeto, não deu o devido destaque aos reais motivos que me levaram a tomar preliminarmente tal decisão. Para que não paire dúvidas sobre minha luta pela valorização da ética na política é fundamental deixar claro que o que defendo é uma ação punitiva mais contundente e eficaz, qual seja: qualquer vereador, com prisão decretada por mais de 15 dias, deve ser afastado e seu suplente convocado logo em seguida. Trata-se de um procedimento mais prático, pois permite que o Legislativo dê uma resposta mais rápida e eficiente à sociedade, contribuindo sobremaneira para o processo de depuração no Legislativo carioca.

Sobre a constituição de um Código Ético, é preciso que as discussões evoluam no sentido de evitar que tal conjunto de normas não se transforme em instrumento de poder discriminatório dentro da Casa Legislativa. Se isto ocorrer, há o risco de desmoralização do instrumento ético, aliás, como tem ocorrido em diversas outras instituições públicas, que se utilizam de códigos parecidos apenas para satisfazer a “opinião pública”, ignorando todos os princípios de Justiça. Na verdade, muitas mazelas são camufladas sob a desculpa “democrática” de um código de conduta.

Valores éticos e morais devem ser inerentes aos autênticos em suas convicções e não aos hipócritas de ocasião.

Um comentário:

Anônimo disse...

concordo em tudo. parabens..........