A Organização das Nações Unidas, a ONU, realizou uma reunião
com foco no envelhecimento com o objetivo de combater a discriminação contra os
idosos que ocorre, principalmente, no mercado de trabalho.
Durante o encontro,
foram sugeridas campanhas públicas para lidar com o problema.
Em entrevista à Rádio ONU, o diretor-adjunto do escritório
da Organização Internacional do Trabalho, OIT, em Nova York, Vinícius Pinheiro,
falou sobre o problema.
“Em primeiro lugar, a questão da discriminação é
fundamental. Não há sentido hoje, por exemplo, de se adotar medidas que serão
discriminatórias ao emprego das pessoas de maior idade. É fundamental (a
implementação de) políticas para melhorar a percepção em relação à políticas de
discriminação no trabalho.”
O executivo disse ainda que entre as medidas propostas estão
leis e campanhas de utilidade pública para proibir a discriminação contra os
idosos em relação ao emprego.Pinheiro falou também sobre a importância do treinamento em
todas as etapas da vida. Segundo ele, no mundo atual acabou a história de que
as pessoas treinam ou se formam e começam a trabalhar. O diretor-adjunto disse
que a formação deve acontecer durante todas as etapas da vida, inclusive nas
mais avançadas.
Outros pontos citados por Pinheiro foram a flexibilização
das condições de trabalho para os idosos e um sistema de previdência social
adequado. Ele rebateu também a ideia de que a mudança da idade limite para a
aposentadoria poderia tirar o emprego dos jovens.
“O fato de uma pessoa estar se aposentando mais tarde não
quer dizer que ela esteja roubando uma vaga de uma pessoa que está entrando no
mercado de trabalho. Porque, geralmente, uma vaga que se abre para uma pessoa
que se aposenta, ela se abre já no topo da carreira profissional e uma pessoa
que entra no mercado de trabalho, entra no começo.”, diz Vinícius.
Pinheiro disse ainda que a visão da aposentadoria tem que
mudar. Por causa da tecnologia atual, pode-se aumentar a vida útil profissional
da pessoa de uma forma que não se tinha no passado.
Ele falou que a OIT defende uma transição flexível e que a
passagem para a inatividade seja tênue e suave. Segundo Pinheiro, deve ser
feita uma adaptação das condições para que os idosos possam realizar novas
tarefas.
Fonte: Coisa de Velho
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