A revelação feita por Angelina Jolie sobre a mastectomia
preventiva que realizou recentemente trouxe para o centro da discussão a
realidade sobre o câncer de mama no mundo. A atriz, que perdeu a mãe
precocemente para a doença, decidiu realizar o procedimento para diminuir de
87% para 5% as chances de desenvolver o câncer.
Para tomar a decisão, a atriz realizou exames e descobriu
uma mutação no gene BRCA1 o que gera, em média, 65% de risco de desenvolver a
doença. Por isso, teve a iniciativa de retirar todo o tecido mamário, reduzindo
drasticamente os riscos da doença.
Entretanto, médicos afirmam que este procedimento não é
indicado para todos os casos e somente após exames e a análise dos resultados é
possível precisar se este é o caminho ideal. A pergunta que fica é: o que
devemos fazer para evitar o câncer de mama? A resposta é unanime entre os
médicos que afirmam que a prevenção é o melhor caminho. Os exames devem ser
realizados com frequência e as visitas ao ginecologista e mastologistas
regulares. O Brasil não tem a cultura da prevenção e é isto que deve mudar.
Saiba como prevenir a
doença
Apenas pessoas com casos de câncer em parentes de primeiro
grau (mãe e irmã), que diagnosticaram a doença antes dos 45 anos devem fazer o
teste genético realizado por Angelina Jolie. Não há limite de idade para
realizar o exame.
Para mulheres sem a doença na família, o Ministério da Saúde
recomenda a realização de mamografia a cada um ou dois anos, após os 50 anos. A
Sociedade Brasileira de Mastologia indica após os 40.
Mulheres que ainda não atingiram essa faixa etária devem
fazer exames clínicos anuais com o ginecologista, além do auto-exame das mamas
mensalmente. Em casos com histórico familiar, o paciente deve conversar com seu
médico para decidir a periodicidade das consultas.
Dados do câncer de
mama
No Brasil, dados do Ministério da Saúde afirmam que os casos
de câncer de mama somaram 52.680 vítimas em 2012, sendo o mais incidente em
mulheres. Além de maior incidência, tumores na mama lideram o ranking de óbitos
entre as mulheres. Em 2010, foram 12.705 mortes. Estimativas do Inca apontam
que, somente no estado do Rio, foram diagnosticados cerca de 8.140 novos casos
de câncer de mama em 2012.
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o
mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
Se diagnosticado e tratado ainda no início, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama
continuam elevadas. Isso se deve ao
diagnóstico tardio, em estados avançados.
Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos é de 61%.
A doença é relativamente rara antes dos 35 anos, entretanto
acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
Estatísticas indicam aumento da incidência tanto nos países desenvolvidos
quanto nos em desenvolvimento. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS),
nas décadas de 60 e 70 registrou-se um aumento de dez vezes nas taxas de
incidência ajustadas por idade de diversos continentes, segundo o Inca.
Fonte: Extra
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