terça-feira, 14 de dezembro de 2010
IBGE projeta que 30% da população terá mais de 60 anos em 2050
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Segredo dos superidosos: maiores de 80 que esbanjam vigor abrem via para entender longevidade
Com o avanço da medicina, chegar à terceira idade não é exatamente uma façanha. De acordo com a pirâmide etária divulgada pelo Censo 2010, 22,7 milhões de brasileiros têm 60 anos ou mais. Um terreno desconhecido, ainda pouco contemplado por pesquisas, é como envelhecer com qualidade de vida.
Não existe uma receita pronta, mas aqui e ali há consensos. O primeiro: manter a saúde na terceira idade é uma conquista multidisciplinar. Não adianta, por exemplo, ter uma alimentação regrada se a rotina for estressante. Outra unanimidade no discurso dos especialistas é quase um consolo aos mais preguiçosos: nunca é tarde para começar. Que o diga Oswaldo, que só foi calçar tênis de corrida aos 56 anos.
- Eu só jogava futebol, mas a barriga estava grande e ficou muito cansativo - lembra. - Como não tinha tempo para academia, resolvi só correr. Hoje treino cinco vezes por semana, de 10 a 15 quilômetros por dia. Há 17 anos um instrutor me acompanha. Desde então, já foram 11 maratonas.
Oswaldo atribui o pique à dieta controlada e aos genes. Seu pai, que morava no interior de São Paulo, chegava a andar 30 quilômetros para visitar alguém.
O corredor não é o único a recorrer à biologia para explicar sua vitalidade. Uma teoria amplamente estudada considera que os telômeros, uma estrutura presente nas extremidades dos cromossomos, pode determinar a nossa longevidade. Os telômeros são reduzidos à medida que as células se dividem. Em determinado momento, esta perda sacrifica genes, vitalidade e função das células filhas, provocando o envelhecimento.
Outra estrutura celular decisiva seriam as mitocôndrias, responsáveis por transformar alimento em energia. Se uma mitocôndria envelhecer mais rapidamente, ela reduziria a vitalidade de seu grupo.
- Ainda não há uma explicação definitiva para sabermos como se dá o envelhecimento em nível biológico - ressalta Fernando Bignardi, coordenador do Centro de Estudos do Envelhecimento da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). - Há animais, como medusas, que vivem eternamente. Eles não envelhecem. Só morrem se alguém comê-los. Não sabemos por que isso acontece.
Na falta de uma resposta, os médicos preocupam-se em reformular outros conceitos. Longevidade, por exemplo, era associado apenas à vida longa. Agora, também incorpora a ideia de qualidade.
Fonte: Jornal O Globo http://oglobo.globo.com/vivermelhor/mat/2010/12/04/segredo-dos-superidosos-maiores-de-80-que-esbanjam-vigor-abrem-via-para-entender-longevidade-923193783.asp
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Segunda edição do Concurso de Monografias do PTB Mulher oferece prêmio de R$ 10 mil
domingo, 28 de novembro de 2010
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Dança beneficia o corpo e a mente na terceira idade
Fonte: Zero Hora http://zerohora.clicrbs.com.br/zerohora/jsp/default.jsp?uf=1&local=1§ion=Segundo%20Caderno&newsID=a3114612.xml
Intercâmbio também é opção para quem já passou dos 50 anos
Na agência de turismo Brazilian Exchange, em São Paulo, esse é um movimento que começou há uns três anos. "Já tínhamos programas para a terceira idade antes, mas não divulgávamos porque não sentíamos uma procura", lembra o diretor da agência, Cláudio Chalom, que arrisca uma causa para a mudança. "Pode ser que tenha a ver com o aumento do poder aquisitivo, já que se percebe um aumento de consumo geral nessa faixa etária."
A vantagem de fazer programas específicos para a idade mais madura é que as turmas costumam partilhar dos mesmos hábitos e expectativas. A ideia deles é o contrário do foco do universitário, que tem o interesse principal no aperfeiçoamento do idioma para buscar uma vaga no mercado. A vivência cultural é a meta dessas viagens. "Muitos já fizeram aqueles pacotes turísticos regulares e agora querem algo mais", explica Chalom.
Na agência BEX, as atividades para a terceira idade são oferecidas em cinco destinos. Para quem quer aperfeiçoar o inglês há do clássico - como em Bournemouth, no litoral sul da Inglaterra - ao radical - a exemplo do curso na Nova Zelândia, na cidade de Christchurch. O país da Oceania tem geleiras e montanhas, propícias para o esqui, enquanto que nas praias pode-se andar de caiaque. Há também opções na Espanha, na França e na Itália, normalmente com a possibilidade conciliar o curso da língua com aulas sobre a cultura local, gastronomia e vinhos.
Os programas para o pessoal depois dos 50 têm duração menor, de duas semanas, e aposta nas cidades menores. "É para que eles estejam em um lugar tranquilo, para que tenham vivências culturais e para que se comuniquem com a população local", justifica o diretor da Brazilian Exchange. O resultado é uma turma que volta ainda mais entusiasmada que a garotada. "Eles se descobrem em situações que não estavam pensando em vivenciar."
Com mais de 60 no curso regular
Nos últimos anos, a carioca passou por perdas na família, em especial a do seu "companheiro de vida e de viagem". A saída estava lá fora:"Nada melhor que viajar por longo tempo para se refazer ou renascer", afirma quem obrigou os filhos a fazerem intercâmbio aos 15 anos por ser uma experiência enriquecedora.
Os incessantes pedidos por notícias pelos amigos levaram Theresinha a criar um site. O espaço serviu como diário, além de postar fotos e receber os comentários de quem ficou no Brasil. "Cheguei à conclusão de que seria impraticável escrever para todos e para a família, então optei pelo blog", conta.
A viajante desmistifica um possível preconceito dos outros alunos com quem é de uma idade mais avançada. "Meus colegas me convidavam para tomar chope em pubs, ir jantar e fazer piquenique como qualquer um." Esse foi um dos motivos pelos quais ela escolheu o Canadá: a diversidade. "Nunca vi tanta gente diferente. Mesmo que você coloque uma abóbora na cabeça, acho que não vão lhe notar."
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Um alerta aos mais jovens
O importante, segundo os especialistas, é o diagnóstico precoce. O desvio do eixo de um membro que dói e a dificuldade de movimentá-lo possivelmente significam artrose. “Quanto antes diagnosticar, mais cedo será possível mudar a rotina de exercícios pesados”, afirma Lobo.
Segundo o médico, natação e pedalada, assim como fisioterapia, medicamentos e até cirurgia para corrigir a lesão podem minimizar o incômodo e evitar a progressão da doença, que não tem cura. Se o objetivo é evitar a artrose precoce, o ortopedista José Luiz Runco dá as dicas: “Na musculação, evite o excesso de peso e o posicionamento errado. Em qualquer esporte, se o músculo tremer ou queimar, há sobrecarga. Se há cãibra ou dor, é sinal de cansaço e assim o músculo não protegerá adequadamente a articulação, que passa a receber mais peso que deveria”.
Já sinalizando dor na coluna e nas pernas e diante da possibilidade de, no futuro, ter artrose, a balconista Tereza Minôr, 38 anos, seguiu a orientação médica: entrou, há 3 anos, na hidroginástica. “É uma atividade leve, e não sinto mais dores. Com a musculatura forte e preparada, já não acho que vou ter artrose. Me cuido”, diz.
Fonte: Jornal O Dia http://odia.terra.com.br/portal/cienciaesaude/html/2010/11/artrose_atinge_10_da_populacao_de_30_a_50_anos_124663.html
domingo, 7 de novembro de 2010
Novos estudos revelam como exercícios físicos na terceira idade atenuam problemas do envelhecimento
No estudo da Clinimex - apresentado na 7ª Conferência Mundial em Treinamento de Força, na Eslováquia - o objetivo foi saber se a musculação com ênfase em velocidade rápida no movimento atenuaria ou reverteria a perda natural de força com o envelhecimento. Segundo o professor de educação física Roberto Macedo Cascon, coautor, os participantes tiveram um ganho de força de até 7% ao ano.
Os voluntários fizeram exercícios de musculação convencional (incluindo supino, extensora e puxada), em l 2 séries de cinco a oito repetições. A diferença é a ênfase na velocidade rápida no movimento do exercício, diz o fisiologista.
Para essa faixa etária, Macedo recomenda, de duas a três vezes por semana, uma média de 8 a 12 exercícios que envolvam os braços e as pernas; em duas a três séries, de cinco a oito repetições com carga de 60% a 80% da máxima. E enfatizando a alta velocidade de execução, com orientação de professor.
- Isso é um importante indicador de saúde cardiovascular.
quarta-feira, 3 de novembro de 2010
Turismo para idosos movimenta cerca de R$ 20 milhões por ano
Idosos adoram viajar e desvendar o mundo. O mercado da boa idade, especializado em pessoas com mais 60 anos, movimenta cerca de R$ 20 milhões por ano. Mas antes desses turistas fazerem as malas é preciso tomar alguns cuidados.
O diário de viagens da artista plástica Celecina Monteiro é de se admirar: este ano foram duas idas aos Estados Unidos e agora ela se prepara para desembarcar na Argentina. Mas antes de viajar, Celecina não abre mão de fazer um seguro-viagem. "Tenho muito cuidado. Primeiro: a gente não está tão jovenzinha pra viajar sem seguro. Aí eu faço seguro-viagem por causa das bagagens e por causa da segurança mesmo da saúde", contou.
A química industrial Vera Avelar também se previne. "Eu nunca precisei, de fato, mas prevenção é importante".
Além do seguro, na hora de fazer as malas, esse público que já passou dos 60 anos precisa tomar alguns cuidados. “É sempre bom viajar em grupos, com guia turístico. É interessante o idoso saber se o destino turístico tem alguma estrutura médica, caso ele necessite. Em alguns grupos existem até um médico que acompanha a viagem”, alerta o turismólogo André Durão.
Outro detalhe importante é levar anotados dados sobre a saúde, como pressão, tipo de sangue e remédios que estejam sendo tomados.
São cuidados que não impedem o crescimento desse mercado. De acordo com o Ministério do Turismo, até setembro foram vendidos 140 mil pacotes para idosos. No Recife existe até agência que se especializou nesse público.
"Faço com todos os cuidados que requer os grupos de maior idade. Por exemplo: não gosto de botar em hotéis que não tenham elevador, que não tenha muita escadaria, viajo sempre com dois guias acompanhando todo o percurso - fora os guias locais", contou a dona da agência, Luíza Pedrosa Barreto de Meneses.
A rede hoteleira está procurando se adaptar ao hóspede que chegou aos 60 e está entrando agora na terceira idade. Para se adaptar a esse público, alguns hotéis tentam oferecer serviços diferenciados. Os quartos são mais iluminados e os banheiros têm apoio na parede e tapetes antiderrapantes.
O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis, Otávio Meira Lins, contou que é importante se adaptar a essa demanda: "as pessoas estão vivendo mais, as pessoas têm renda, e as pessoas estão com saúde para viajar. Você tem que estar preparado para recebê-los. Quem não se adaptar vai perder o bonde do mercado".
Secretária Cristiane Brasil convida para palestra na UnATI
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
A terceira idade e o pleno emprego
O fato é que o aquecimento econômico tem feito com que o País registre um boom na geração de novos empregos, com números positivos em praticamente todas as faixas etárias, inclusive para a terceira idade, como ficou evidenciado em recente trabalho do IBGE (já postei matéria sobre o assunto no Blog). O que o instituto constatou é que a taxa de desemprego ficou em cerca de 2% para quem tem mais de 50 anos. Ou seja, praticamente, o País vive o pleno emprego para esta faixa etária.
A verdade é que tal fenômeno no mercado de trabalho nada mais é do que o reflexo da realidade atual da população brasileira, cujo grau de envelhecimento acelerado não é mais novidade para ninguém. E a sociedade, por conseguinte, tem que se adequar aos novos desafios advindos deste quadro. E a geração de oportunidades de trabalho também para a terceira idade deve ser prioridade em toda e qualquer política pública para o setor. Sempre defenderei esta tese.
Aposentados levam propostas para melhorar benefícios
BRASÍLIA - Às vésperas de ser conhecido o novo presidente do País, os aposentados e pensionistas do INSS apresentaram ao governo federal uma série de propostas para melhorar o valor dos benefícios previdenciários a partir do próximo ano. Foi sugerido até a criação de uma secretaria interministerial de Assuntos Relacionados ao Idoso, Aposentados e Pensionistas.
Durante o encontro com as entidades que representam os aposentados e pensionistas, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, apenas ouviu as reivindicações e tentou não se comprometer com nenhum pedido. "O compromisso do governo é manter o diálogo. Essa reunião não é uma demonstração de que decisões estão sendo tomadas", afirmou Gabas.
Segundo o ministro, as centrais vão unificar a pauta de reivindicações e até o dia 31 de dezembro o governo vai dizer o que é ou não possível fazer. Na reunião com os representantes dos aposentados ficou claro que ainda há divergência entre eles, principalmente, no que diz respeito à correção dos benefícios.
A Confederação Brasileira de Aposentados e Pensionistas (Cobap) pede o mesmo porcentual de reajuste do salário mínimo a todos os aposentados e pensionistas. O Sindicato Nacional dos Aposentados e Pensionistas da Força Sindical quer que seja criada uma política de recuperação do poder de compra dos benefícios dos que recebem mais que um salário mínimo. Nas últimas negociações, o governo tem se mostrado contra as duas ideias.
Consenso
Na avaliação do presidente do sindicato, João Batista Inocentini, conceder um aumento igual ao do salário mínimo pode prejudicar as negociações dos trabalhadores da ativa. "Essa é uma das divergências. Mas vamos nos reunir na próxima semana para tentarmos chegar a um consenso", destacou Inocentini.
O sindicato ligado à Força Sindical propõe ainda a criação de um Índice Nacional de Preços para aposentados e pensionistas e isenção de Imposto de Renda. Os representantes dos aposentados concordam, no entanto, com a extinção do fator previdenciário, criado em 1999 com o objetivo de desestimular as aposentadorias precoces.
A estratégia adotada pelos aposentados é parecida com os dos trabalhadores da ativa, que recentemente tiveram um encontro com o ministro do Trabalho, Carlos Lupi com o objetivo de antecipar o debate em torno do salário mínimo. O objetivo é barganhar mais reajuste devido à corrida eleitoral.
Fonte: O Estado de São Paulo http://economia.estadao.com.br/noticias/not_41132.htm
terça-feira, 26 de outubro de 2010
Terceira idade chega ao pleno emprego
Por Lilian Primi
SÃO PAULO - Os bons ventos que agitam o mercado de trabalho sopraram para longe o estigma do desemprego, que historicamente acompanha trabalhadores com idade acima de 50 anos. A taxa de desocupação nessa faixa de idade ficou em 2,2% em setembro, segundo a Pesquisa Mensal do Emprego (PME), divulgada na última semana pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o que indica o confortável cenário de pleno emprego.
A definição de pleno emprego pode variar de um país para outro, mas a Organização Mundial do Trabalho (OIT) considera que ela se estabelece quando as taxas de desocupados ficam abaixo de 3%, índice registrado nos países desenvolvidos no pós-guerra. Por esse critério, o mercado de trabalho para a terceira idade experimenta tal status desde setembro de 2009.
"Significa que os 2,2% de trabalhadores sem ocupação estão em transição entre um emprego e outro", diz o diretor adjunto do Centro de Estudos Sindicais e de Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade de Campinas (Unicamp), Anselmo Santos. A pedido do Estado, o Cesit investigou em quais ocupações essa população cresceu mais, utilizando a base de dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), e como está o saldo entre demitidos e contratados, também por ocupação, nos dados reunidos pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
As duas pesquisas trazem informações a respeito do trabalho formal: o Caged informa o movimento ocorrido a cada mês e a Rais, o estoque anual de empregados .
"O resultado é interessante: o estoque (número) de trabalhadores com 50 anos ou mais aumentou em quase 400 mil postos entre 2008 e 2009, mas o saldo, indicado pelo Caged, é negativo em mais de 53 mil postos. É a única faixa em que isso ocorre", diz.
O pesquisador explica que esse resultado é reflexo do envelhecimento da população. "A terceira idade passou a ter peso maior na estrutura do mercado de trabalho e isso aumenta o impacto dos que passaram de 49 anos para 50 anos entre os dois anos." Além disso, a falta de profissionais capacitados faz com que as pessoas permaneçam empregadas por mais tempo.
O saldo geral do Caged mostra que o emprego formal cresceu em 2,27 milhões de vagas em todo o País de janeiro até setembro.
Ocupações. O ranking das ocupações que mais empregaram a terceira idade neste ano tem dirigentes públicos em primeiro lugar (66.347), seguido por professores do ensino fundamental (66.315) e construção civil (36.411). O setor da construção, aliás, é um dos que apresentam saldo positivo para essa faixa da população (de mais de 21 mil postos). Ou seja, houve abertura de vagas para pessoas com mais de 50 anos.
Já entre os professores do ensino fundamental, as demissões superam as contratações em 1.537 vagas. "Isso nada tem a ver com piora do emprego. Dos 53.482 trabalhadores com 50 anos ou mais demitidos em todas as ocupações, 26.487 se desligaram por aposentadoria ou morte. Não ficaram desempregados", explica Santos. Além da construção, foram abertas novas vagas para a terceira idade entre motoristas e nos setores de alimentação e de serviços domésticos. Os estados do Piauí, Roraima e Ceará também abriram novas vagas para quem tem 50 anos ou mais.
Os novos postos para essa faixa etária surgem na esteira do crescimento econômico e, tanto o setor em que elas são abertas, quanto a região do País em que acontece, reflete isso. "O trabalho na construção bate recordes e o Nordeste experimenta um forte crescimento econômico. Isso favorece o emprego em todas as faixas de idade", diz Santos.
A grande variação no setor público se dá porque, segundo o pesquisador, existe mais estabilidade nesse setor. "A tendência é que o número de trabalhadores acima de 50 anos continue crescendo nos próximos anos."
Fonte: O Estado de São Paulo http://economia.estadao.com.br/noticias/not_40413.htm
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
Caminhar 15km por semana ajuda a prevenir demências na velhice
Os andarilhos, todos sem sinais de demência de acordo com testes neurológicos a que foram submetidos, tiveram suas caminhadas registradas e o cérebro monitorado em 1995. Outros testes foram feitos nove anos depois, em 2004, e mais uma vez em 2008, mostrando que aqueles que mais caminhavam tinham metade do risco de ter problemas de memória do que os que não se exercitavam.
De acordo com a pesquisa, andar cerca de 14,5 quilômetros por semana é o ideal para beneficiar o cérebro e deve ser esta a meta do "exercício neurológico". Segundo os autores, o grupo que andou menos dez quilômetros por semana apresentou um maior encolhimento cerebral ligado à idade que o de pessoas que andavam mais que essa distância.
- O cérebro encolhe na fase mais avançada da idade adulta, o que pode causar problemas de memória. Os resultados do nosso trabalho estimulam a realização de novas pesquisas para saber se exercício físico em pessoas mais velhas são uma medida eficaz contra demências, incluindo Alzheimer - disse Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh e líder do estudo.
A doença de Alzheimer, a forma mais comum de demência, mata lentamente as células do cérebro, e atividades como caminhadas têm sido indicadas para aumentar o volume do cérebro.
Fonte: Jornal O Globo
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Brasil volta a cair em ranking de igualdade entre sexos
Para a economista Saadia Zahiri, uma das coordenadoras do estudo e diretora do programa de liderança para mulheres do Fórum Econômico Mundial, os resultados mundiais são animadores, e revelam o acerto de algumas políticas públicas adotadas nos mais diversos países.
- O que mais nos anima é que estamos vendo avanços tanto no topo do ranking quanto na parte de baixo, nos países que já estavam bem e em outros que conseguiram resultados importantes nos últimos anos. Não apenas na Noruega ou na Finlândia, mas também em países como os Emirados Árabes - disse Saadia.
Os 14 indicadores do Gender Gap incluem acesso à educação, expectativa de vida, participação no mercado de trabalho, remuneração, participação política (número de mulheres no Congresso e nos altos escalões do governo). Aqueles em que o Brasil vai pior são a desigualdade na remuneração - o estudo aponta que a mulher brasileira ganha pouco mais da metade do homem para fazer o mesmo trabalho - e a baixa participação política, com apenas 9% de mulheres no Congresso.
A pesquisadora nota que o Brasil melhorou muito, em termos de igualdade, na esfera da educação fundamental e básica, nos níveis de alfabetização, e que, no que diz respeito ao ensino universitário, as mulheres já ocupam mais vagas que os homens.
- Isso é extremamente importante nesse momento, em que o país está mudando de perfil, passando a ser uma economia mais voltada para a inovação e o conhecimento. É preciso assegurar que todo esse talento vai ser integrado à economia, mas quando você olha os níveis de participação na economia, as mulheres têm 64%, contra 85% dos homens, uma diferença enromeenorme. - observa Saadia.
O grande problema do Brasil, segundo a economista, é que a integração de grandes contingentes de mulheres às escolas e ao mercado de trabalho não está se traduzindo em maior igualdade de renda. Em termos de percepção sobre salários, os executivos brasileiros acreditam que as mulheres estão ganhando pouco mais da metade da remuneração dos homens para fazer o mesmo trabalho: US$ 7 mil anuais, em média, para mulheres, US$ 12 mil para homens. A percepção de igualdade de salários, se fosse o único indicador, colocaria o Brasil na 123ª posição, e, nesse indicador, o Brasil vem piorando a cada ano.
As mulheres brasileiras já são maioria nas ocupações com formação técnica ou universitária (52%), mas apenas 36% chegam aos postos de comando, o que é apontado pelo estudo do Fórum Econômico Mundial como um dos índices de maior desigualdade de gênero no país.
O Brasil vai mal na comparação com os vizinhos: a Argentina aparece na 28ª posição no ranking, e o Chile, na 48ª. Quatro países nórdicos se mantiveram no topo da lista: Islândia, Noruega, Finlândia e Suécia. São países que se saem bem em todos os pontos aferidos pelo Fórum, e já reduziram a desigualdade entre gêneros em mais de 80%. Na Suécia, a licença pelo nascimento de um filho é em média de um ano, podendo ser estendida com redução proporcional de salário, mas tem que ser exercida ao menos em parte pelo pai. São cada vez mais frequentes os casos de famílias em que marido e mulher dividem em proporções mais equilibradas, ou até iguais, o tempo de licença.
- É claro que os países nórdicos têm níveis de impostos muito altos, e que suas políticas são difíceis de reproduzir ao redor do mundo. Mas há muitas coisas que podem ser aplicadas em outros lugares, como a igualdade na distribuição de cargos nos conselhos e a substituição do conceito da licença-maternidade pelo de uma licença para os pais - afirmou a pesquisadora.
Em escala global, a presença de mulheres em cargos políticos, que era de 14% em 2006, subiu para 18% este ano, revelam os dados do estudo.
Os Estados Unidos subiram no ranking, chegando à 19ª colocação, principalmente devido à nomeação de um grande número de mulheres para cargos importantes no governo do presidente Barack Obama, entre os quais a secretária de Estado, Hillary Clinton. Segundo Saadia, a importância de modelos reais nos quais as pessoas se inspirem é grande.
- Há um impacto dos modelos de liderança: ter um exemplo de liderança feminina afeta enormemente a próxima geração, seja na política, nos negócios ou em qualquer campo. Um exemplo tão físico, tão palpável, afeta a dinâmica do processo.
Na Ásia, o melhor desempenho foi o das Filipinas, um dos únicos oito países do mundo a já ter eliminado as diferenças entre os sexos nos indicadores de saúde e educação.
Fonte: Jornal O Globo
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Inflação para terceira idade é menor que a geral no 3º trimestre
No acumulado de 12 meses, o IPC-3i, que considera como terceira idade os indivíduos com mais de 60 anos, está em 4,25%, enquanto o Índice de Preços ao Consumidor Brasileiro (IPC-BR) marca 4,36%. A variação do IPC-3i neste trimestre é 0,87 ponto percentual menor que a do trimestre imediatamente anterior.
Na divisão por setores, o grupo de Transportes (-0,62% para 0,33%) registrou alta, motivado pelo aumento no preço do álcool. Para compensar, Alimentação (0,01% para -1,27%), Habitação (1,38% para 0,85%), Vestuário (3,58% para -0,87%), Despesas Diversas (1,12% para 0,33%), Saúde e Cuidados Pessoais (2,12% para 1,05%) e Educação, Leitura e Recreação (0,74% para 0,05%) tiveram baixa, mantendo o IPC-3i estável.
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
Dia do Idoso
Porém, apesar dos avanços, principalmente no processo de conscientização e legislação, e das ações do Poder Público nas áreas de assistência e saúde, ainda há muito no que avançar no respeito e na reverência, dos quais os idosos são merecedores. Na verdade, o idoso ainda é maltratado em casa, na rua, no banco, nos ônibus, nos hospitais, nas delegacias... Enfim, a discriminação pela idade ainda é uma mancha negra que, hipocritamente, a sociedade tenta esconder, camuflando-a sob a propaganda midiática e enganosa, que nos vende a ilusão da juventude eterna.
É preciso recuperar o respeito verdadeiro ao idoso, pois este é o futuro de todos nós, que almejamos viver mais e melhor. E uma frase, dita por uma das minhas queridas amigas, que tem oitenta e poucos anos, reflete muito bem esta expectativa: ‘quem não envelhece, morre cedo’. Meio trágico, mas real.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
Mais idosos e menos crianças
POR MICHEL ALECRIM
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Doenças crônicas atingem quase metade dos idosos no país, aponta IBGE
Entre as doenças, a hipertensão é a que mais aparece (50%) em idosos (acima de 60 anos). Dores na coluna e artrite ou reumatismo também são frequentes e atingem 35,1% e 24,2%, respectivamente, das pessoas nessa faixa etária.
"Envelhecer sem doença crônica é uma exceção, entretanto, ter a doença não significa necessariamente exclusão social. Se o idoso continua ativo da sociedade, mantendo sua autoestima, é considerado saudável pelos estudiosos", destaca o estudo.
Dessa forma, a pesquisa justifica o fato de 45,5% dos idosos terem avaliado o estado de saúde como bom ou muito bom. Segundo o levantamento, 12,6% avaliam que a saúde está ruim ou muito ruim, sendo que a maioria é formada por pretos e pardos com mais de 75 anos e renda de meio salário mínimo.
Em relação à saúde, também chama a atenção o fato de 32,5% dos idosos não terem o domicílio cadastrado em programas de saúde do governo ou não terem cobertura de planos particulares. No Rio de Janeiro, 49,1% das pessoas nessa faixa de idade estavam sem cobertura.
A pesquisa também traçou o perfil do idoso no país. Mulheres (55,8%), brancos (55,4%) e com menos de um ano de escolaridade (30,7%) são maioria. Com relação à renda, pouco menos de 12% viviam com cerca de metade de um salário mínimo e 66% estavam aposentados.
Fonte: Agência Brasil
domingo, 12 de setembro de 2010
Negócios voltados para a terceira idade ganham força no mercado
De olho nos passos desse novo público consumidor, o Harmonya Spa, que existe há seis anos no Centro Empresarial BarraShopping, abriu em novembro do ano passado o Harmonya Senior. Além de atividades de lazer, o espaço em Vargem Pequena conta com serviços de reabilitação cognitiva, fisioterapia, reeducação alimentar e terapia psicogeriátrica, conduzidos por uma equipe interdisciplinar que desenvolve programas personalizados.
- As atividades beneficiam quem é independente e estimulam os que já têm algum grau de comprometimento físico ou mental a recuperar a sua capacidade de realizar tarefas diárias - diz Daniel Chaves, diretor médico do spa.
Para acompanhar o nível cada vez maior de exigência desse público, a empresária Ana Camila Bottecchia criou, também no ano passado, a Kanguruh Terceira Idade (K3i), que investe em qualificação para cuidadores de idosos. A proposta tem dado tão certo que a empresa já cresceu, em três meses, o que era esperado em um ano.
- É preciso ser uma pessoa pró-ativa, consciente e flexível para lidar com todo tipo de situação. Por isso é tão difícil encontrar profissionais qualificados nessa área e que ainda desenvolvam um vínculo afetivo com o idoso - diz Ana Camila, acrescentando que a empresa ainda promove o encaminhamento de cuidadores através de um banco de currículos.
Especializada em atendimento médico domiciliar, a Pronep quer preencher essa lacuna investindo em capacitação. Além de cursos a distância, a empresa também está montando um programa de treinamento para técnicos e auxiliares de enfermagem através de simuladores robóticos, em parceria com a Berkeley, empresa de inteligência em saúde.
- Uma das competências mais importantes para quem trabalha na área é a comunicação com foco no idoso. É preciso ter uma linguagem específica e capacidade de ouvir, além de entender a fisiologia do envelhecimento e propor ações de prevenção de doenças - diz o doutor Josier Vilar, diretor da Pronep, que vem crescendo mais de 20% ao ano desde 2005.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Empresas adaptam produtos para terceira idade
Os consumidores mais velhos também estão com mais dinheiro. A faixa etária representa 43% da classe de renda mais alta (acima de dez salários mínimos) e indica que a tendência é que o país envelheça melhor. Em 2005, apenas 17% dos brasileiros tinham mais de 50 anos e a expectativa é que o número chegue a 29% até 2025.“O Brasil está prestes a passar pelo que chamamos de bônus demográfico, quando a massa de população economicamente ativa é maior do que a de crianças e idosos. Até 2035, cada vez mais crescerá o número de idosos, enquanto a taxa de fecundidade continuará caindo. É importante que as empresas estejam atentas para atender esse consumidor”, aponta Paulo Carramenha (foto), Diretor Presidente da GFK CR Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Imóveis com características especiais
“O modelo não é específico para o Brasil, mas desenvolvido para o mercado mundial, com foco em regiões onde a população está envelhecendo, como a Europa. Aqui também observamos uma oportunidade para este mercado e, em breve, o produto estará disponível em São Paulo”, explica Bernardo Weisz, Diretor de Terminais da ZTE no Brasil, em entrevista ao portal.
A Maturi não só enxergou o potencial da terceira idade, como foi além. A marca de cosméticos nasceu para atender as necessidades e os desejos destes consumidores. “Nossos produtos focam pessoas com pele madura, o que começa a ser observado aos 40 anos. Não propomos rejuvenescimento, mas oferecemos soluções para quem busca qualidade e saúde para a pele e os cabelos”, aponta Flávio Rijo, Diretor Geral da Maturi, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Até o fim de 2011 serão lançados outros 10 produtos da linha de cosméticos, cinco no primeiro semestre e outros cinco no segundo. A estratégia de Marketing da Maturi contempla principalmente a informação e o esclarecimento sobre os benefícios da marca. Para isso, a empresa conta com promotoras treinadas no ponto-de-venda e se preocupa em não isolar os produtos, que ficam sempre juntos dos demais nas gôndolas.
A expansão do orçamento dos idosos, aliada à qualidade de vida cada vez mais presente, mostra a importância desse público no mercado de consumo. “Em 2006, o rendimento desse grupo era de R$ 16 bilhões ao ano e deve chegar a R$ 25 bilhões até 2020, um crescimento de 56%. Quanto mais dinheiro, mais os brasileiros chegarão à terceira idade com poder de compra. Na Fiat, por exemplo, 12% dos compradores têm mais de 50 anos e a previsão é que, em 2030, sejam 20%”, diz Carramenha.
Fonte: Mundo do Marketing
OMS alerta, mais uma vez, para o perigo das quedas na terceira idade
Terceira idade, maior vítima de quedas que levam à morte
Estudo da OMS revelou que mais de 37 milhões de tombos graves são registrados todos os anos; a maioria das vítimas fatais tem mais de 65 anos.
Um estudo da Organização Mundial da Saúde, OMS, sugere que pessoas na terceira idade são as maiores vítimas de tombos fatais. As quedas são a segunda maior causa de morte acidental em todo o mundo.
De acordo com a pesquisa da OMS, divulgada na terça-feira, todos os anos, mais de 37 milhões de pessoas sofrem tombos graves e precisam ser hospitalizadas. Oito de cada 10 acidentes ocorrem em países de rendas baixa e média. A maior parte dos óbitos por queda ocorre entre a população com mais de 65 anos.
Prevenção
A OMS recomenda aos governos que revejam estratégias de prevenção com foco na educação, treinamento e criação de ambientes seguros para a terceira idade. Para a agência, o assunto se tornou um problema de saúde pública.
Com base numa política implementada no Canadá, o estudo revelou que estratégias de prevenção ajudariam a reduzir 20% dos acidentes entre crianças com menos de 10 anos. Crianças e jovens também são vítimas de tombos, mas na maioria dos casos, existem maiores chances de recuperação.
As quedas fatais matam 424 mil pessoas por ano.
Fonte: Site da ONU
terça-feira, 31 de agosto de 2010
O mercado de trabalho e a terceira idade no Brasil
Envelhecimento da população desafia o mercado
Interesse pela mão de obra de idosos cresce, mas não acompanha acelerado avanço da faixa etária
Por Chico Otávio
Procura-se profissional acima dos 60 anos... Para um mercado de trabalho que insiste em enxergar o Brasil como um país jovem, o anúncio de emprego pode sugerir um trote. Mas não é. Gente como o comerciante Antônio Fiori, a empresária Márcia Lima Gabionetta e a assistente social Renata Hauck faz parte de um pequeno, mas promissor, grupo de empregadores que resolveu trocar o vigor da juventude pela experiência e a assiduidade dos mais velhos. Para as vagas abertas em seus negócios, eles optaram pelo trabalhador idoso.
As projeções indicam que o país a ser revelado pelo Censo 2010 do IBGE terá um contingente de 14 milhões de idosos. Dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) reforçam o fenômeno: se a população total cresce à taxa de 0,9% ao ano, o incremento de pessoas acima dos 60 anos avança quatro vezes mais (3,8% anuais). Para muitos, os números sinalizam um problema quando cruzados com as contas da Previdência ou com o sistema de saúde. Há outros, porém, que preferem entendêlos como nicho de negócios:
- O retorno é garantido. Os idosos são pessoas responsáveis e centradas. Não dão trabalho, não faltam. Já os jovens têm outras ambições, como as baladas do fim de semana - afirma o comerciante paulista Antônio Fiori, dono de uma fornecedora de areia e pedras, que acaba de contratar um idoso para gerente.
Como o país está envelhecendo, o desafio civilizatório que se impõe, preveem os demógrafos, é aumentar a idade produtiva da população. Em vez de estimular a ociosidade da terceira idade ou alterar o fator previdenciário, para evitar que o equilíbrio atuarial fique insustentável, a alternativa seria dotar os idosos de capacidade física para adiar a retirada da vida produtiva.
- O Brasil não estava preparado para envelhecer. Se a perspectiva era se aposentar e viver no máximo oito anos, hoje a pessoa chega a ter mais 20, 30 anos de vida. Nenhuma sociedade pode jogar fora essa mão de obra - diz o médico Renato Veras, diretor da Universidade Aberta da Terceira Idade (Unati/Uerj).
No caminho de volta ao mercado, o aposentado tem deixado a carteira de trabalho em casa. Quase metade dos trabalhadores ocupados acima dos 60 anos (44%) é autônoma, enquanto 31,4% são assalariados, 9,8%, empregados domésticos e 9,7%, empregadores.
- Há dois tipos de idosos no mercado informal: o mais escolarizado, que geralmente é um profissional liberal e se beneficia de sua experiência, e o menos escolarizado, que encontramos muito na agricultura - explica a economista Ana Amélia Camarano, coordenadora de Pesquisa em População e Cidadania do Ipea.
No ano passado, 55% da população masculina entre 60 e 69 anos ainda trabalhavam. Muitos, principalmente nas faixas de renda mais baixas, prolongaram a idade produtiva para reforçar a diminuta aposentadoria quando a família cresceu. Um deles é Horacildo de Castro, de 69 anos, que virou homemplaca pelas ruas de São Paulo.
Ex-metalúrgico da Mafersa, Horacildo passou em casa os primeiros anos da aposentadoria, na década de 90. Até que a sua mulher resolveu adotar uma recém-nascida. Desde então, o velho operário do aço trabalha com outros metais: fica nove horas por dia na rua para ganhar R$ 20 anunciando a compra de ouro, platina e brilhantes.
- Sem o biscate, não daria para criar a menina. Carrego a placa faça chuva, faça sol. Os seguranças das lojas vivem me tocando para outro lugar - diz o homem-placa, cuja filha de criação já tem 15 anos.
Mas, apesar das intempéries, Horacildo segue em frente. E é isso que encanta os empregadores que têm optado pela terceira idade. Com o idoso, não há tempo ruim. Principalmente quando o desafio profissional é conviver com pessoas da mesma idade.
A assistente social Renata Hauck ajudou a tia, médica, a procurar uma aposentada para ser funcionária do seu consultório, em Belo Horizonte:
- Jovens têm sempre problemas. O namorado ou o filho pequeno. Se faltam, não há como minha tia fazer os procedimentos do consultório. Aposentada não tem filho pequeno. Contratamos uma senhora simpática, com experiência de vida. Passa algo agradável às pacientes na sala de espera.
O aposentado representa um baixo custo. Não faz questão de carteira assinada e vê o salário como um complemento de renda. Há casos em que nem salário é necessário. Com vasta experiência acumulada, saúde e vontade de contribuir, o aposentado abraça o voluntariado.
Na prefeitura de Niterói, por exemplo, os responsáveis por licitações suam frio quando chega o aposentado Guilherme Magalhães. Ele é um dos trabalhadores idosos qualificados que fazem da experiência a senha para o reingresso na vida produtiva. Ex-gerente de Negócios do Banco do Brasil, onde trabalhou por 32 anos, Magalhães é hoje fiscal voluntário do Observatório Social da cidade, ONG de olho nas contas municipais.
- As pessoas não acreditam que você pode mudar a realidade. Além disso, precisamos nos sentir produtivos, mesmo sem remuneração - orgulha-se Magalhães.
Não são poucos os casos de aposentados que, sentindo-se produtivos, encontraram as portas do mercado fechadas ou quebraram a cara ao tentar um negócio. O paulista Luiz Pinto Cepinho, também bancário, aderiu ao plano de demissões voluntárias do BB, montou restaurante e faliu. Hoje, sobrevive como fotógrafo de festas, e luta para voltar ao BB pela via judicial.
Demissões espontâneas, aposentadoria compulsória e outros mecanismos encurtam a vida ativa de milhares de trabalhadores. Há lugares, porém, em que a experiência com os mais velhos foi tão boa que motivou a continuidade:
- Perdi um serralheiro que ainda trabalhava quando morreu aos 80. Para substituí-lo, quero outro idoso - diz a empresária Márcia Lima Gabionetta, dona de uma fábrica de tendas e barracas para feiras.
sábado, 28 de agosto de 2010
Horário eleitoral gratuito: uma necessidade cidadã
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Envelhecimento ativo do idoso traz benefícios à sociedade
Por outro lado, se a sociedade passasse a oferecer mais atividades aos idosos, o risco de desenvolver doenças cognitivas e as chances de postergar o avanço delas seriam bem menores. É justamente isso que a pesquisadora Margareth Brandini Park pretende com seu livro “Educação e Velhice”, da Editora Setembro.
Fonte: IG
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Melhor amigo do idoso é o porteiro do prédio, diz pesquisa
Fonte: IG
Ritmo de caminhada revela saúde do idoso
Médicos defendem que a velocidade de marcha também seja considerada um medidor de saúde durante o envelhecimento, tão relevante quanto outros quatro sinais vitais já avaliados nas consultas: pressão, frequência respiratória, temperatura e massa corporal. Perder a velocidade dos movimentos é um sinal natural de diminuição da vitalidade, de saúde deficiente em diferentes espécies, mas muitos especialistas não levam isso em conta.
"O andar é fundamental para o bem-estar. Todo mundo que já quebrou a perna sabe o quanto é ruim. As pessoas se preocupam com o idoso, mas não com sua mobilidade", afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo Stephanie Studenski, professora da divisão de Medicina Geriátrica da Universidade de Pittsburgh (EUA) e uma das maiores autoridades mundiais em mobilidade de idosos. Ela esteve no 17.º Congresso Brasileiro de Geriatria, no mês passado, em Belo Horizonte.
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
Que mundo é este?
Não que também no Ocidente não haja barbáries e injustiças praticadas pelo Estado e suas leis, mas sou de opinião de que lei é instrumento tão somente para se alcançar a Justiça. E não há Justiça quando o Estado ignora o mais fundamental dos direitos, que é o direito à vida.
É inegável, também, que, em certas culturas, sociedades e Estados, direitos fundamentais da pessoa humana são sonhos abstratos, considerados pecados, sendo punidos até com a morte. Neste ponto, acho que a comunidade internacional pode fazer muito mais do que campanhas publicitárias, em que alguns demagógicos governos tentam pegar uma carona, buscando simpatia sob a tragédia alheia. Só para citar um exemplo, lembro que a Apartheid era também a lei maior de um estado soberano, mesmo assim caiu depois que houve um engajamento real de públicos e nações.
Enquanto o mundo não perceber que é preciso agir, deixando interesses econômicos e políticos de lado, continuaremos assistindo, em horário nobre, cenas de atos bárbaros e cruéis cometidos contra homens e mulheres, em nome da lei ou de religiões.
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Terceira idade se emprega no Censo
terça-feira, 27 de julho de 2010
O amor não tem idade
Henry Kerr, de 97 anos, se casou com a namorada, Valerie Berkowitz, de 87 anos, após cortejá-la durante quatro anos. Os dois se conheceram em um asilo no bairro de Golders Green, no norte de Londres, e se casaram em uma cerimônia no local no domingo.
O casamento foi seguido por um chá para 80 convidados. Kerr disse que, quando pediu a mão de Valerie pela primeira vez, ela "caiu em uma gargalhada histérica". Mas ela aceitou quando Kerr disse que não pediria novamente.
A idade combinada dos dois é de 184 anos. "Quando estava no meio dos meus 90 anos, descobri que estava olhando para essa mulher jovem, e estava atraído por ela", disse Kerr. "Pensei comigo, "Que ridículo, como ela poderia reagir a um coroa bobo como eu"? "E bem casualmente, um dia eu disse a ela, mais por curiosidade: "O que você responderia se eu a pedisse em casamento"? "Ela caiu em uma gargalhada histérica, colocou a cabeça na mesa e riu até que lágrimas correram em seu rosto."
Valerie disse que se rendeu aos flertes de Kerr, que incluíram poesia. "Quando ele me disse, depois de me pedir em casamento todos os dias, que não pediria novamente, eu decidi que iria aceitar", disse ela.
Kerr, que se descreve como jovem de coração, disse que era importante casar para acabar com as fofocas. "O que me dá prazer agora é as pessoas não dizerem mais: 'Eles estão vivendo juntos, eles estão dormindo juntos".
O casal começou a lua-de-mel com uma caminhada no jardim do asilo.
Fonte: Jornal O Estado de SP
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Vejam que legal!
Fonte: Revista Época
domingo, 25 de julho de 2010
A terceira idade cria chances para cuidadores
A área se tornou tão importante que levou o governo federal a implementar o Programa Nacional de Formação de Cuidadores de Idosos, executado por escolas técnicas do Sistema Único de Saúde de todo o País. “Não é necessário ser enfermeiro. É uma ocupação de livre exercício. Mas é recomendável se qualificar nos conhecimentos básicos, na saúde e nos direitos do idoso, além das atividades diárias, como higiene, alimentação, vulnerabilidade e segurança”, explica Daniel Groisman, coordenador do curso oferecido em parceria pelos ministérios do Desenvolvimento Social e da Saúde na Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, na Fiocruz.
Fonte: Jornal O Dia
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Triste realidade...
Esses pacientes vivem principalmente em países ocidentais, nos quais foi colocado à disposição este tipo de terapia a partir de 1996. A eles se somarão dentro de alguns anos milhões de pessoas que vivem em países pobres e nos quais o uso de antirretrovirais teve início apenas em meados da década passada.
Um estudo apresentado por Margaret Hoffman-Terry da organização independente americana American Academy of HIV Medicine inclui números que evidenciam a existência desses problemas.
Um estudo apresentado por Margaret Hoffman-Terry da organização independente americana American Academy of HIV Medicine inclui números que evidenciam a existência desses problemas.