Continua a indignação contra decisão do STJ que absolveu dois homens que fizeram sexo com menores no Mato Grosso do Sul. Desta vez o protesto veio do exterior, mais precisamente da ONU, através do Unicef. A notícia dava conta de que o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou nota protestanto contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de
absolver dois homens acusados de exploração sexual de três adolescentes no Mato Grosso do Sul.
absolver dois homens acusados de exploração sexual de três adolescentes no Mato Grosso do Sul.
Diz um trecho da nota do Unicef: "Por incrível que possa parecer, o argumento usado é o de que os acusados não cometeram um crime uma vez que as crianças já haviam sido exploradas sexualmente anteriormente por outras pessoas".
Em meados de junho passado, o STJ manteve sentença do Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul (TJ-MS), que decidiu pela absolvição de dois réus sob a acusação de exploração sexual de três adolescentes, sob a revoltante justificativa de que "cliente ou usuário de serviço oferecido por prostituta não se enquadra no crime" de submeter criança ou adolescente à prostituição ou à exploração sexual, previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente.
É por essas e outras que a nossa Justiça está em constante descrédito junto ao povo, o que ajuda a alimentar cada vez mais a fama de o Brasil ser o país da impunidade. Algumas elites, não só judiciárias, mereciam um choque de realidade de vez em quando. Repito: enquanto isso, as reformas necessárias dormem em berço esplêndido no Conmgresso. Até quando?